A operação Xeque Mate, que descobriu e desarticulou um grande esquema de corrupção na administração pública do município de Cabedelo, localizado na região metropolitana de João Pessoa, e que resultou na prisão do prefeito Leto Viana, sua esposa Jaqueline Viana, vereadores e o comunicador Fabiano Gomes, apontado como o ‘homem da mala’, por ter levado cerca de R$ 5 milhões em espécie para comprar o mandato de Luceninha, deve ter novos desdobramentos até o inicio de março.
O Tá na Área obteve informações de que o Ministério Público tem monitorado a movimentação de personagens relevantes da investigação que já está em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Pelo que apurou o portal, localmente o MP abriu uma nova frente de trabalho e que deve trazer à tona novos elementos que comprovariam a atuação de algumas ‘figuras’ em outras prefeituras, com a promoção de manobras perigosas nas áreas de publicidade, comunicação e eventos.
Na operação deflagrada em Cabedelo, o prefeito afastado e preso Leto Viana foi identificado como líder da organização criminosa. O coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba, Octávio Paulo Neto, revelou que Leto coagia os vereadores para tomarem decisões que ele quisesse.
Leto Viana determinava as ordens a serem seguidas e os demais agentes políticos seguiam. Para coagir os vereadores e manter a Câmara sob seu poder, Leto Viana exigia que os vereadores, ainda durante o período de campanha, entregassem cartas de renúncia do mandato para ele. De posse das cartas de renúncia, Leto Viana mantinha o vereador sob seus interesses e caso o vereador discordasse de suas posições, o prefeito protocolaria a carta de renúncia e o vereador perderia o mandato.
Na operação, que tramita também do STJ, outro personagem desse lastimável enredo policial, o radialista Fabiano Gomes é acusado de intermediar a compra do mandato do então prefeito de Cabedelo, Luceninha, por seu vice, Leto Viana. À época da prisão, o advogado Rembrandt Asfora informou que o radialista foi conduzido à sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre o descumprimento de uma das medidas cautelares decretadas contra ele na Operação Xeque-Mate. Gomes está em liberdade provisória graças a uma decisão do O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que decidiu acatar um agravo interno movido pela defesa, tirando-o atrás das grades do presídio de segurança máxima PB1.
Discussion about this post