O FabLab João Pessoa, laboratório de fabricação digital da Escola Internacional Cidade Viva, vai usar a tecnologia e a inovação para o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19). A Escola vai produzir 200 protetores faciais para profissionais da saúde da Paraíba, como, por exemplo, médicos em UTIs, que estão em atendimento direto aos pacientes do novo coronavírus, e também para aqueles que trabalham em Instituto de Polícia Científica.
O protetor facial, que será distribuído gratuitamente, está utilizando a tecnologia de impressora 3D em sua fabricação.
O FabLab da Escola Internacional Cidade Viva, pioneiro em uma Escola no Estado da Paraíba, decidiu apoiar a iniciativa do NUTES (Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), após o pedido de colaboração às instituições que têm laboratórios com impressoras 3D.
“Entramos em contato com o órgão responsável pela iniciativa, o NUTES, e nos comprometemos em produzir e doar 200 protetores faciais para proteger os profissionais da saúde. Na impressora 3D do nosso FabLab está sendo produzida um dos componentes, que são os arcos 3D, que são os suportes para fixar o protetor na cabeça”, explica Thiago Jucá, coordenador do FabLab João Pessoa da Escola Internacional Cidade Viva.
A direção da Escola, que é uma instituição confessional cristã, tomou a decisão como sendo uma atitude de solidariedade neste momento em que estamos vivendo em um Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, devido à disseminação da pandemia do coronavírus. Os profissionais de saúde estão na linha de frente da doença e evitar a infecção desses profissionais será muito importante para o enfretamento ao Covid-19 no Estado da Paraíba.
“A Fundação Cidade Viva, por meio do FabLab João Pessoa da Escola Internacional Cidade Viva, além de se comprometer em produzir e doar 200 protetores faciais para os profissionais da saúde em combate ao Covid-19 em parceria com a UEPB, também está doando 5 quilos para UFPB do insumo (filamento) para ajudar a iniciativa d a universidade federal de também produzir mais protetores faciais para os profissionais de saúde do Estado”, revelou a diretora da Escola Internacional Cidade Viva, Érika Melo, acrescentando que um dos objetivos da Escola ao montar uma FabLab, que inova ao facilitar e ampliar o conhecimento prático e científico dos alunos, com base em tecnologia de ponta, era que também esse Laboratório serviria, sobretudo, para impactar a sociedade.
“Desafiamos cada um dos nossos alunos a transformarem esse mundo, pois estamos sempre vivendo em uma missão”, lembrou a diretora. A primeira ação do laboratório FabLab foi também social ao produzir uma prótese de mão para um jovem do Estado usando a impressora 3D.
O Nutes havia desenvolvido esse protetor facial para ser usado por cima da máscara durante atendimento dos médicos à pacientes infectados pelo COVID-19 em UTIs. Esse protetor tem sido usado por médicos na China e em outros países da Europa. Ele consegue garantir maior proteção aos profissionais da saúde. A parte impressa em 3D, que é a viseira, é reutilizável e a máscara pode ser usada por mais tempo pelos profissionais.
O Estado da Paraíba vai precisar de, no mínimo, quatro mil proteções faciais e a expectativa é que a rede de laboratórios com impressão 3D que está se formando, a partir da iniciativa da UEPB, atenda toda essa demanda.
O FabLab João Pessoa segue fabricando em média 10 unidades e a medida que são finalizados, são encaminhados para a Secretaria de Saúde. Cada um dos protetores faciais dura, em média, o tempo de uma hora e 30 minutos para ser concluído.
O que é FabLab João Pessoa
O Laboratório de Fabricação Digital (FabLab) João Pessoa, montado no final do ano passado na Escola Internacional Cidade Viva, é um ambiente que inspira tecnologia e inovação. A rede existe em vários países do mundo, dentro de escolas, universidades ou em espaços independentes onde os makers (fazedores) têm acesso a máquinas e computadores para desenvolver as suas próprias ideias e produzi-las em um laboratório. É chamado também no mundo de “Movimento Maker”.
A Escola Internacional Cidade Viva, localizada no bairro Aeroclube da Capital, é a pioneira no Estado da Paraíba a implementar um FabLab dentro de uma escola. As atividades realizadas no Laboratório impulsionam o conhecimento teórico e prático, incluindo a criatividade, raciocínio lógico, coordenação motora, autonomia e autorrealização. Na prática, os alunos podem idealizar e produzir objetos utilizando softwares, impressora 3D e outros materiais.
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