O estoque de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Rede Ebserh, ganhou um reforço com a doação de máscaras produzidas por meio de impressão 3D. A ideia foi inspirada em um projeto desenvolvido na República Tcheca, porém o projeto utilizado para impressão na Paraíba envolve uma rede composta por instituições federais e estadual. O quantitativo doado para o HULW foi produzido pelo Fablab (Laboratório de Produção Digital-UFPB).
Na Paraíba, o trabalho para a produção de máscaras Face Shield tem à frente o Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (Nutes) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), por meio do Laboratório de Tecnologias 3D (LT3D), o qual coordena uma rede formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Inicialmente, foram doadas 55 máscaras para o Hospital Universitário, mas a meta é que sejam produzidas 4 mil equipamentos para todo o Estado. As próximas remessas beneficiarão três hospitais situados na Grande João Pessoa-PB (Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena; Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires; e Complexo Hospitalar de Mangabeira Tarcísio de Miranda Burity, mais conhecido como Trauminha), além do Samu.
O modelo Face Shield é extremamente seguro, pois protege toda a face do usuário, e serve para aumentar a segurança dos profissionais que atuam diretamente no combate à Covid-19. O equipamento evita contaminações com gotículas que possam atingir o rosto, o nariz, a boca e os olhos. Esse tipo de máscara é indicado para médicos, enfermeiros, dentistas e outros profissionais que trabalham em hospitais, clínicas e unidades de saúde.
A primeira leva de equipamentos para o HULW foi recebida na sexta-feira (27) pelo gerente de Ensino e Pesquisa do HULW, professor Ângelo Melo. “Essa máscara de acetato tem uma importância muito grande. Ela é reutilizável e protege a face dos profissionais que estão na primeira linha do combate à pandemia do coronavírus”, explica o titular da GEP.
“Hoje temos um quantitativo em estoque, mas não será suficiente para atender a demanda futura, de acordo com nosso planejamento. A chegada dessas máscaras reforça nosso estoque, ajudando a proteger nossos profissionais que estão na linha de frente. Isso vai deixá-los mais tranquilos, porque sabem que os equipamentos de proteção individual estarão presentes no hospital e que eles poderão, com uma maior segurança, realizar suas atividades e dar a assistência adequada para a população”, ressalta Ângelo Melo.
Para o professor Euler Macêdo, do Centro de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR) da UFPB e integrante do Fablab, essa iniciativa também mostra à comunidade o trabalho que é feito pelas instituições públicas, e principalmente pelas universidades, que estão contribuindo para solucionar ou mitigar os problemas decorrentes da pandemia.
COMO AJUDAR
O projeto que inspirou o Fablab da UFPB nasceu de uma fabricante de impressoras 3D na República Tcheca, com o objetivo de proteger os profissionais que atuam no combate à Covid-19. “A partir daí, o fabricante disponibilizou o arquivo. A gente estava, inicialmente, começando a fazer com esse projeto, quando descobrimos que a equipe da UEPB também estava mobilizando uma rede para agregar instituições e foi feito um projeto mais simplificado, que demoraria menos tempo de impressão”, explica Euler Macêdo.
A equipe do Fablab que atua na rede de fabricação das máscaras também conta com os pesquisadores e docentes Lucas Hartmann, José Maurício Ramos e Camila Seibel, e o estudante do curso de Engenharia Elétrica da UFPB, Patrick Silva. Dada a necessidade de isolamento, a produção ocorre por meio de home office. Interessados em contribuir com o projeto devem entrar em contato pelo e-mail fablab@cear.ufpb.br.
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