Os nove governadores nordestinos solicitaram ao Governo Federal a autorização para que os brasileiros formados em Medicina no exterior atuem no país. O pedido foi enviado nesta sexta-feira (17) em carta assinada pelos representantes dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe ao Ministério da Saúde.
A medida resulta de uma recomendação do Comitê Científico do Consórcio do Nordeste para que seja criada uma Brigada Emergencial de Saúde, com a ampliação do quadro dos profissionais de área, para combate e prevenção ao Coronavírus (Covid-19).
O governador João Azevêdo pontuou que o Governo do Estado tem aberto novos leitos de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) que precisam de um bom quantitativo de profissionais que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus. “Nós estamos abrindo novos leitos em João Pessoa, Campina Grande e no Sertão do Estado e precisamos reforçar ainda mais nossas equipes e disponibilizar um tratamento adequado para quem precisar. Estamos fazendo processos seletivos, mas precisamos nos preparar para um provável aumento da demanda por atendimento médico na nossa rede hospitalar”, disse.
De acordo com o governador da Bahia e presidente do Consórcio do Nordeste, Rui Costa, a estimativa é que haja, pelos menos 15 mil profissionais nessa situação, aptos a se somar aos médicos já inseridos no atendimento aos pacientes hospitalizados. A proposta é que os médicos formados no exterior atuem sob supervisão e com registro de trabalho provisório. “Tivemos mais uma reunião dos governadores do Nordeste e desta vez com a participação do Comitê Científico. Foi sugerida uma medida importantíssima que é a autorização provisória para que os brasileiros que fizeram curso de Medicina em vários países do mundo possam atuar aqui no Brasil. São 15 mil médicos e médicas que podem ajudar o país, de imediato, nessa pandemia”, disse o governador baiano.
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