O Atlético-MG negocia com alguns patrocinadores uma readequação na parceria comercial, em tempos de coronavírus. Sem jogos e nem treinamentos, a exposição da marca das empresas na camisa do Galo, por exemplo, praticamente não existe. É hora de acertar alguns caminhos. Dois deles são: congelar o contrato e ampliá-lo “compulsoriamente” ou reduzir o repasse da verba ao clube.
É o que aconteceu, por exemplo, com a Multimarcas Consórcio – que inclusive patrocina o rival Cruzeiro. A empresa suspendeu por 60 dias o contrato com o Galo, conforme publicado pelo UOL Esporte. O GloboEsporte.com conversou com o diretor de administração e controle do Atlético, Plínio Signorini, sobre essa situação. Segundo ele, em contrapartida, nenhuma das seis parcerias que estampam o logotipo das empresas na camisa deixaram o clube.
– É natural, como não terá exposição da marca no período, e sem receitas, querem ajustar a saída de despesas. Mas não perdemos patrocínios, pelo contrário. Alguns estão adianto, outros pedem descontos. É natural. Alguns solicitaram nenhum tipo de renegociação, e alguns sim. É natural neste momento. Não haverá entidade ligada ao futebol que não sofra, é só acompanhar a economia mundial, com poucos setores aquecidos neste momento – afirmou o diretor do Atlético.
— Foto: Bruno Cantini / Atlético
O Atlético previa queda na receita de patrocínios para o orçamento de 2020. Se em 2019 a previsão era de arrecadar R$ 35 milhões , a expectativa, que terá de ser retraçada para esta temporada, era de R$ 26,3 milhões com patrocínio/marketing.
O Galo tinha o trunfo do rebaixamento do Cruzeiro e o fato de ser o único clube de Minas na Série A para alavancar essa arrecadação, valorizando os espaços de publicidade. Hoje, o clube conta com dois patrocinadores que também fazem papel de investidores em contratações: MRV Engenharia e Banco BMG.
– Então, a gente está conversando com eles, individualmente, para ver as possibilidade e achar caminhos aí. É algo normal neste momento. Impactos acontecem em todos os clubes, não só o Atlético. É um ponto crítico. Nem os clubes mais preparados financeiramente estão deixando de sofrer com a ausência de receita. São receitas da atividade, que os jogos nos proporcionam, bilheteria, direitos de televisão, e aparte de exposição fica prejudicada – completou Plínio.
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