Um discurso confuso, enfadonho e contraditório foi a tônica do enredo do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no final da tarde desta sexta-feira, 24, dia marcado pela saída do Ministério da Justiça e Segurança do homem que comandou a maior operação de combate à corrupção no país. A promessa de que “mostraria a verdade” não passou de mais uma bravata de quem já está se especializando no papel de embusteiro.
Na defensiva, o ´capitão’, como é chamado pelos convivas mais chegados, fez uma fala desconexa com a realidade e não rebateu nenhuma das graves acusações feitas pelo ex-juiz da Lava Jato. Bolsonaro mentiu, continua mentindo e engrossando a enorme lista de crimes de responsabilidade que poderá enfrentar pela frente.
O presidente Jair Bolsonaro criou uma crise política monstro, gigante, em meio a uma pandemia gravíssima. Sobrevivendo politicamente ou não, é um completo irresponsável. Ao criar esta distração no governo federal, causará a morte de muita gente.
No seu pronunciamento, Jair Bolsonaro afirmou que acha natural “interagir” com o diretor-geral da PF, para o bem do país, inclusive com o recebimento de relatórios diários. Na verdade, Bolsonaro quer “interagir” com o diretor-geral da PF para obstruir a Justiça e tentar salvar os filhos dos apuros nos quais se encontram, como deixou nas entrelinhas o ex-ministro da Justiça e Segurança.
Enfim, o pronunciamento do presidente só chancelou sua incapacidade de verbalizar a própria defesa. Manteve a fala soberba de “dono da bola” em um discurso desconexo, chulo e carente de argumentos sólidos. Não convenceu nem convencerá.
Definitivamente, o Brasil é hoje um barco à deriva.
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