O dia mundial da enfermagem nunca foi tão festejado no mundo inteiro como agora. E não é à toa, mas por imposição dos fatos e reconhecimento de uma história que será dividida em antes e depois da maior crise sanitária do planeta dos últimos cem anos.
A enfermagem sempre teve um papel figurativo na saúde diante do protagonismo da medicina, embora devesse ser o contrário, dada a relevância desse profissional para o conjunto da assistência em saúde nos mais diferentes níveis. O conceito mais amplo de saúde, que não tem qualquer relação com o modelo curativo de outrora, não pode e nem deve centralizar a atenção em torno de uma única pessoa, mas em vista de um conjunto, de um coletivo multidisciplinar formado por diferentes profissionais que atuam para dois grandes objetivos, o de promover saúde e preservar a vida das pessoas.
Em meio a pandemia do Coronavírus, que literalmente jogou para as ‘cordas’ os sistemas de saúde do mundo inteiro, eis que, de modo particular o Brasil, cujas desigualdades sempre foram históricas, também, entre médicos e enfermeiros, finalmente o país ‘descobre’ o vital papel exercido pela enfermagem no cuidado e na atenção em saúde. Um reconhecimento tardio e do qual se espera muita coisa daqui em diante, a começar pela isonomia de tratamento, por melhores condições de trabalho e, claro, por remunerações mais dignas a mulheres e homens que escrevem, a partir de suas próprias histórias, um novo capítulo no Brasil e no mundo.
Desbravadora da profissão tão homenageada em tempo difíceis para o Brasil e o mundo, a italiana Florence Nightingale, certa vez disse o seguinte:
“Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. Escolhi o branco porque quero transmitir paz. Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber. Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida!”
Aos profissionais que sempre muito fizeram e que muito ainda fazem, a esperança de melhores dias e de muito mais reconhecimento por quem tem o irrenunciável dever de reparar erros, corrigir distorções e recontar a história daqui por diante. Como esposo de uma enfermeira e por conhecer de perto o papel do profissional de enfermagem nos âmbitos público e privado, sei o quanto precisam não apenas de palavras bonitas ou gestos simplórios, mas de atitudes concretas e que sejam capazes de pôr fim a essa malfadada segregação existente entre os profissionais que compõem a assistência em saúde do país.
Que o mundo, o Brasil e a Paraíba reservem a esses profissionais um novo enredo, uma nova história depois que tudo isso passar. Parabéns, profissionais de enfermagem!
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