O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode ter dado um passo importante para construção de pontes em substituição dos atuais muros existentes na sua relação com os governos estaduais. A reunião por videoconferência com os vinte e seis governadores, mais o do Distrito Federa, aconteceu sob muitas interrogações e desconfianças de como seria o comportamento do presidente com os governadores, sobretudo João Doria, de São Paulo, disparo o maior crítico de sua gestão no Planalto.
Na contramão das expectativas mais catastróficas, a reunião teve um desfecho positivo com a sinalização de socorro do governo federal aos estados na ordem de R$ 60 bilhões, o que será um alívio significativo no caixa dos governos no sentido de vencer os impactos da Covid-19 na economia. Embora tardia, o gesto de Bolsonaro é um refrigério aos governadores que terão a contrapartida de congelar salários dos servidores públicos até o final de 2021.
A forma como governadores e presidente da República convergiram no encontro representa, em certa medida, como um primeiro passo na direção de um processo de abertura gradual da economia, levando em conta as particularidades de cada estado ou município, de forma coordenada e articulada.
A sociedade espera, depois de todos os contratempos desse relacionamento institucional, que Bolsonaro e os governadores possam se esforçar para vencer o coronavírus e seus efeitos na economia, deixando de lado questiúnculas menores. O momento não é de eleição e tampouco de fazer política com p minúsculo, mas de unir esforços em favor do Brasil e em prol dos brasileiros e brasileiras que padecem em meio ao rastro de dor, lágrimas e desesperança dessa terrível pandemia.
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