O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco) abriu uma denúncia contra o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho e mais sete pessoas por um esquema criminoso utilizando o laboratório farmacêutico, Lifesa. A denúncia tem 51 páginas.
Delator da Operação Calvário, Daniel Gomes, ex-chefe da Cruz Vermelha no Brasil, em depoimento anteriormente divulgado no âmbito das investigações da Operação Calvário, deu detalhes de um esquema envolvendo a compra do Laboratório Público da Paraíba (Lifesa), numa “sociedade oculta” com o ex-governador Ricardo Coutinho.
A operação foi feita por meio da empresa Troy SP Participações, em nome de dois funcionários seus: Sergio Motta e Maurício Neves.
Interceptações autorizadas pela Justiça mostram Daniel e Coutinho tratando da cessão de 5% das cotas. E a PF aponta que Neves teria participado da entrega de R$ 1,2 milhão em propinas.
Curiosamente, em abril deste ano, Maurício Neves foi indicado pelo BNDESPar para integrar o Conselho Fiscal da Brasiliana Participações S.A, subsidiária da AES Holdings Brasil. Na ocasião, o banco ainda era presidido por Joaquim Levy, que seria forçado a renunciar em junho.
Em maio, Neves foi condenado pela Justiça de São Paulo no processo da ‘máfia do ISS’, do tempo em que era diretor da Unimed Paulistana.
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