O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou, no final da tarde desta sexta-feira (22), o vídeo da reunião ministerial realizada no Palácio do Planalto há exatamente um mês, no dia 22 de abril. A divulgação do vídeo foi solicitada pelo ex-ministro Sérgio Moro, como forma de provar a acusação feita por ele mesmo de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
A decisão de tornar o vídeo público foi tomada após Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ex-ministro da Justiça se manifestarem sobre a divulgação do vídeo.
O vídeo estava sob sigilo no inquérito. No dia 12 de maio, a íntegra do vídeo foi exibida em uma sessão reservada a investigadores e procuradores da República, ao advogado-geral da União, José Levi, e ao próprio Sergio Moro.
Na reunião, o presidente teria exigido a troca do superintendente da PF no Rio de Janeiro, a fim de evitar investigação sobre familiares dele. Fontes que acompanharam a exibição na terça-feira informaram que a gravação mostra Bolsonaro usando palavrões e fazendo ameaças de demissão em defesa da troca no comando da PF no Rio de Janeiro.
A AGU pediu ao Supremo a divulgação apenas das partes do vídeo que contenham falas de Bolsonaro e que interessem às investigações. Na manifestação, o governo incluiu a transcrição de alguns trechos de falas do presidente da República proferidas na reunião
Assista aqui.
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