A vida é efêmera e o que dela deixamos não são os recursos financeiros ou bens aquinhoados no curso de uma trajetória, mas um legado que consiga exprimir de maneira irrepreensível a passagem de cada um de nós por esse plano. No fim das contas, como uma peça de teatro, a vida não permite ensaios e cada cena revela um conjunto de valores e demonstra incontornavelmente a feição do caráter de cada um de nós.
Hoje, 26 de maio, marca o aniversário de Ivandro Moura Cunha Lima, que celebra 90 anos de uma vida absolutamente reta e que o coloca na galeria dos grandes homens públicos que já passaram por essa terra. O homem de quem sou homônimo, fruto de homenagem feita por meus pais, por ocasião de sua investidura no salão azul do Senado República, também foi deputado federal e secretário de Estado em vários governos.
Aliás, sobre essa deferência, no primeiro contato, lá pelos idos de 2003, quando ocupava a chefia da Casa Civil no governo Cássio Cunha Lima, conversamos por pouco mais de 40 minutos. Ele querendo saber mais sobre mim e eu sobre ele. Um segundo contato, já na sua casa, em Campina Grande, acredito que em 2009, uma prosa mais demorada, com direito a revelação de que perdera seu pai, aos 16 anos, o que lhe obrigou a ajudar sua mãe, Dona Nenzinha, a cuidar dos 10 irmãos e irmãs, dentre eles, o poeta Ronaldo, que já não está entre nós.
O último contato foi em 2014, ainda no primeiro semestre daquele ano. Almoçamos na fazenda e divagamos entre a política às artes, notadamente a literatura. Com uma fala eloquente, embora sempre mansa, e gestos sempre harmônicos, Dr. Ivandro, como o trato, disse que aprendeu com a vida que a melhor forma de viver é construindo pontes e não muros. Não à toa, na política, nunca teve adversários. Nem o já superado episódio do Campestre conseguiu romper a relação de amizade com o hoje senador José Maranhão (MDB).
A legendas viva de honestidade e honorabilidade é também uma unanimidade. Respeitado e reverenciado como um homem justo, de bom coração e referência para os de dentro e fora de casa, Dr. Ivandro é daqueles que fazem da missiva de Píndaro, poeta grego, a mais eloquente verdade, porque “ninguém é tão grande que não possa aprender nem tão pequeno que não possa ensinar”.
Hoje, no dia em que celebra 90 anos de uma vida irretocável, Dr. Ivandro mostra que seu exemplo continua escandecente para familiares, amigos e admiradores seus, e que sua história permaneça cada vez mais viva, servindo de farol, sobretudo em tempos difíceis e de orfandade de bons exemplos.
Que Deus o abençoe e lhe conserve com vida por muitos outros anos entre nós, Dr. Ivandro!
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