A promotora de Justiça Caroline Freire, concedeu liberdade provisória à empresária Taciana Ribeiro Coutinho, suspeita de matar o marido, Helton Pessoa, em Sapé, na Paraíba. O decreto foi assinado na segunda-feira (1º).
Com a decisão, Taciana poderá responder ao processo em liberdade, sem tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar.
O advogado da família, Daniel Alisson, lamentou a decisão e informou que a Justiça alegou excesso de prazo, que é quando há demora para o encaminhamento da denúncia. Ele afirmou que a denúncia foi feita pelo Ministério Público, que é o titular da ação, e que os advogados da família estão atuando apenas como assistentes de acusação.
“Essa pandemia nos limitou para ter acesso ao magistrado e ao Ministério Público para poder argumentar melhor e mais uma vez retornamos ao começo”, disse.
De acordo com Daniel, a família lamenta o fato e vai recorrer.
Já a defesa de Taciana alegou que o inquérito policial teve prosseguimento, a empresária cooperou em todos os instantes, e que a Justiça ao receber o inquérito entendeu que não havia necessidade de mantê-la presa.
“É ré primária, com bons antecedentes, trabalho garantido, residência fixa, não interferiu na produção de provas, não ameaçou testemunhas, nem obstruiu a investigação. Tem todos os requisitos para obter liberdade provisória”, disse o advogado Genival Veloso.
Taciana estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Entenda
O empresário Helton Pessoa foi morto a tiros, no dia 10 de abril, em uma fazenda, na cidade de Sapé, onde estava com a família durante o período de isolamento social devido à pandemia de Covid-19.
A esposa de Helton, Taciana Ribeiro, suspeita do crime, teria fugido do local e enviou um advogado para entrar em contato com a polícia. Ela alegou legítima defesa, tese que sustenta.
Em 21 de maio, a Polícia Civil concluiu o inquérito. Taciana indiciada por homicídio duplamente qualificado, com os agravantes de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.
O empresário Helton Maia, de 45 anos, morreu por anemia provocada pela perda de sangue resultado dos tiros que a vítima recebeu.
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