Os efeitos do ciclone bomba poderão atingir outros estados além da região sul do país, informou a Marinha nesta terça-feira (30). Já são dez o número de mortos no Sul do país após a passagem do ciclone com ventos de até 120 km/h.
As chuvas e ventos fortes, causados pela formação do ciclone extratropical (ciclone bomba) derrubaram árvores e fizeram estragos em diversas cidades da região. O fenômeno atingiu mais fortemente o estado de Santa Catarina. Foram atingidos também municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
De acordo com o comunicado, ventos de até 88 km/h podem chegar à faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, ao sul de Arraial do Cabo, até a noite desta quarta (1º).
Também há chance de ondas de três a quatro metros de altura em alto mar entre o Rio de Janeiro e a Bahia, ao sul de Caravelas, entre quarta e a manhã da sexta-feira (3).
O órgão também alerta que a aproximação de uma frente fria poderá provocar rajadas de vento de até 74 km/h na faixa ao norte de Arraial do Cabo até o sul de Guarapari, no Espírito Santo.
O que é um ciclone bomba?
De acordo com o meteorologista da Climatempo André Madeira, o ciclone extratropical recebe esse apelido por causar uma queda de pressão em curto espaço de tempo.
Com ventos de até 120 km/h, ‘ciclone bomba’ derrubou árvores e postes em Florianópolis
Foto: Divulgação/ Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina
Esse fenômeno pode causar ventos intensos e agitação marítima. No entanto, Madeira diz que a ocorrência é “relativamente comum” para essa época do ano.
“São relativamente comuns nesta época do ano, e ocorrem aqui, no litoral do país, na região Sul, principalmente entre maio e setembro. São áreas de baixa pressão que, geralmente, se formam associados à uma frente fria. Também há a possibilidade de neve na Serra Gaúcha na quinta-feira (2)”, disse.
Galpão em Muitos Capões, no RS, foi completamente destruído pelos fortes ventos que atingiram o estado
Foto: Divulgação/ Defesa Civil do RS
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