“Desde o início da pandemia provocada pelo coronavírus, uma das preocupações das autoridades administrativas e de saúde em relação à incidência de casos de Covid-19 diz respeito aos hóspedes e funcionários das instituições popularmente conhecidas como “Abrigos de Idosos”. Em todo o Brasil, inclusive na Paraíba, muitas são as notícias de idosos contaminados pela Covid-19. E o mais grave de tudo é o alto índice de mortalidade que atinge este segmento social em razão da pandemia”.
A afirmação é da diretora-geral da Agência Estadual de Vigilância Sanitária, Jória Viana Guerreiro. Na edição desta quinta-feira (02) do informativo radiofônico Momento Agevisa (veiculado dentro da programação do Jornal Estadual da Rádio Tabajara – AM-1110 e FM-105,5), Jória Guerreiro destacou as principais orientações para prevenção e controle de infecções pelo novo coronavírus em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPIs) constantes da Nota Técnica nº 05/2020, atualizada pela Anvisa no último dia 24 de junho.
Conforme ressaltou, as ILPIs abrigam pessoas idosas que, em geral, são mais vulneráveis e apresentam níveis variados de dependência, além de necessidades complexas, e, por isso, devem adotar medidas de prevenção e controle de infecção para reduzir ao máximo o risco de os residentes, seus cuidadores e demais profissionais serem infectados pelo novo coronavírus.
Lembrando que a transmissão da Covid-19 ocorre por meio de gotículas respiratórias expelidas durante a fala, tosse ou espirro, e também por contato com as superfícies contaminadas por essas gotículas, a diretora-geral da Agevisa/PB observou que, nesse cenário, qualquer pessoa idosa que tenha contato próximo com uma pessoa infectada ou com superfícies contaminadas está em risco de ser infectada e apresentar um quadro grave de infecção, já que é comum que os idosos tenham doenças crônicas como diabetes, cardiopatias, etc., e tais situações podem agravar a Covid-19.
Medidas recomendadas – Para evitar a incidência da Covid-19 e prevenir a sua disseminação entre os residentes, cuidadores e funcionários, as Instituições de Longa Permanência de Idosos devem adotar (minimamente) medidas como a elaboração, implementação e acompanhamento de ações preventivas e de controle da disseminação da Covid-19 no âmbito da instituição.
Tais medidas incluem o monitoramento dos residentes quanto a sintomas respiratórios e outros sinais da Covid-19 (como início ou agravamento da tosse, dificuldade em respirar, calafrios, tremores, dor muscular, de cabeça ou de garganta e perda de paladar ou olfato); a avaliação dos sintomas respiratórios dos idosos no momento da admissão ou retorno ao estabelecimento, implementando-se as práticas preventivas apropriadas para cada caso; o acompanhamento e monitoramento (no mínimo três vezes ao dia) dos residentes em situação de isolamento devido à Covid-19, a orientação aos residentes, profissionais/cuidadores e visitantes sobre a higiene correta das mãos e a disponibilização de preparação alcoólica e de lavatórios com sabonete líquido, papel toalha e lixeira com tampa e abertura sem contato manual.
As ILPs devem também estabelecer o uso de máscara facial para todas as pessoas dentro das suas dependências, proporcionando a troca das máscaras faciais sempre que as mesmas estiverem sujas ou úmidas; orientar o distanciamento de pelo menos um metro entre as pessoas; manter leitos, cadeiras e poltronas (incluindo os móveis dos refeitórios) a pelo menos um metro de distância um do outro; evitar aglomerações nas áreas comuns (com marcações para controle do distanciamento entre as pessoas), e orientar os residentes a não compartilharem objetos pessoais (como cortadores de unha, alicates de cutícula, aparelhos de barbear, pratos, copos, talheres, toalhas, roupas de cama, canetas, celulares, teclados, mouses, pentes, escovas de cabelo, etc.).
Outras orientações importantes – Dentre as muitas recomendações constantes da Nota Técnica nº 05/2020, disponível em portal.anvisa.gov.br, a Agevisa/PB destacou ainda os seguintes procedimentos: limpeza e desinfecção das superfícies das áreas comuns, dormitórios, banheiros e de outros ambientes; desinfecção das superfícies próximas dos residentes (grades das camas, cadeiras, mesas de cabeceira e de refeição) e das superfícies frequentemente tocadas (maçanetas, vaso sanitários, pias, torneiras, etc.); desinfecção dos equipamentos de saúde (termômetros, por exemplo) e dos utensílios usados pelos residentes, e cuidado para que residentes e profissionais estejam com todas as vacinas em dia, principalmente as relacionadas às doenças respiratórias infecciosas.
As Instituições de Longa Permanência de Idosos também são orientadas a restringir, ao máximo, o número de visitantes, assim como a frequência e a duração das visitas, para evitar aglomerações, e proibir a entrada de visitantes que apresentarem sintomas respiratórios ou que tiveram contato prévio com pessoas suspeitas ou com confirmação de infecção pela Covid-19.
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