Não precisa ser especialista para perceber que o presidente Jair Bolsonaro mudou não apenas o tom de suas declarações, como passou a investir num público que durante muito tempo sempre esteve muito mais próximo do ‘lulopetismo’. O mandatário do País, numa análise nua e crua, parece estável nas pesquisas, com apoio de aproximadamente 30% da população.
Mas, por trás desses números, há um movimento que pouca gente percebeu. Enquanto perde simpatia na classe média, Bolsonaro ganha entre os mais pobres, um caminho aberto pelo auxílio emergencial, que tem pago aos mais vulneráveis, notadamente pessoas até então esquecidas pelo poder público, valores que variam de R$ 600 a R$ 1.200, isso no caso de mães que são chefes de família.
Mais que isso, os números e a performance de Bolsonaro sobre os mais pobres evidenciam ganho de apoio real neste segmento demográfico.
Vale salientar, que entre o primeiro e o segundo mandato de Lula, uma mudança similar também ocorreu em sua base eleitoral. Naquele período, imediatamente após o Mensalão, o petista perdeu apoio nas classes médias e, com políticas sociais, ganhou entre os mais pobres.
Em meio a pandemia do coronavírus, após tanto desgaste e revezes na sua trajetória de menos de dois anos à frente do Palácio do Planalto, Bolsonaro, que já anunciou a prorrogação do auxílio por mais dois meses, começa a conquistar novos seguidores e avançar sobre uma parcela da população que até então o tratava com desapreço e muita indiferença.
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