Durante live da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço, ocorrida nesta terça-feira (14), o ex-presidiário Lula declarou, se referindo a Jair Bolsonaro: “O presidente da república é ignorante. Se ele não é ignorante, ele gosta de parecer ser ignorante. Ele faz tipo de ignorante, porque tem gente que acha que ser ignorante é bonito.”
Em uma coisa concordo 100% com Lula: tem gente que realmente acha bonito ser ignorante. A exemplo dele mesmo que, há décadas, faz questão de demonstrar toda sua experiência no assunto em diversas declarações.
Em 1981, Lula confessou seu excesso de preguiça, principalmente em relação à leitura, em entrevista ao Canal livre, da Band: “Primeiro, eu sou muito preguiçoso. Até para ler eu sou preguiçoso. Eu não gosto de ler, tenho preguiça de ler.”
Em abril de 2004, Lula discursou na abertura da 18ª Bienal do Livro dizendo que um livro para uma criança é como uma esteira de ginástica para um adulto: “dá preguiça”. Sem falar na genialidade de sua reação ao saber que era a primeira vez que um presidente da república participava da abertura de uma Bienal: “Não sabia que era a primeira vez. Da próxima, então, não será mais a primeira!”
Em agosto de 2009, Lula declarou à Folha de S.Paulo: “Passo um pouco da noite lendo, eu não consigo ler muitas páginas por dia, dá sono. E vejo televisão, quanto mais bobagem, melhor para mim.” Se isso não é promover a ignorância, realmente ignoro o que seja.
Mas, vejamos o resultado prático da ignorância, ou melhor, do ensino no país, nos anos de governo lulopetista. Em 2000, o Brasil ocupava a seguinte classificação no ranking do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes): 39ª posição em Leitura, 42ª posição em Matemática e 42ª posição em Ciências.
Em 2006, após três anos de governo Lula, perdemos nove posições em Leitura (ficando em 48º lugar), onze em Matemática (ficando em 53º), e dez em Ciências (assumindo o 52º lugar). Em 2015, dando sequência à derrocada, caímos mais onze posições em Leitura (passando para o 59º lugar), outras onze em Ciências (assumindo a 63ª posição) e mais doze em Matemática (caindo para o 65º lugar).
Saindo da área da educação e passando para a saúde, aí é que não há como perdoar o PT de jeito nenhum. Como perdoar o partido que desviou bilhões de reais da saúde? Bilhões! Como perdoar petrolão, mensalão e um esquema de corrupção nunca antes visto na história deste país? Não há como esquecer crimes dessas proporções.
E também não há como esquecer quem tem sido o maior promovedor de ignorância neste país. O título de mestre é seu, Lula, por méritos próprios, sem precisar recorrer a nenhum tipo de cota. Meritocracia pura.
Patricia Lages é autora de 5 best-sellers sobre finanças pessoais e empreendedorismo e do blog Bolsa Blindada. É palestrante internacional e comentarista do JR Dinheiro, no Jornal da Record.
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