Três ministérios planejam gastar até R$ 59,5 milhões em frascos e ampolas de toxina botulínica, o conhecido botox, usado sobretudo em procedimentos estéticos. A Saúde, a Educação e a Defesa estão com nove processos de compra abertos para adquirir o produto.
Os dados fazem parte de um levantamento do Metrópoles com base em informações do Painel de Preços do governo federal, plataforma de prestação de contas organizada pelo Ministério da Economia.
O planejamento de compra indica que a maior despesa será do Ministério da Saúde. Ao todo, a pasta comandada pelo ministro interino general Eduardo Pazuelo gastará R$ 59 milhões em toxina botulínica em uma única licitação.
O Ministério da Defesa está com sete processos de compra ativos para adquirir o produto — 77% do total das aquisições previstas. Os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica aparecem como os órgãos que receberão o item. Somente nesse caso, serão gastos R$ 541 mil.
Já o Ministério da Educação está com um processo de compra ativo para licitar botox e pretende gastar R$ 4,4 mil. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) figura como o órgão que receberá o produto — estatal vinculada ao órgão.
Desde janeiro de 2019, os órgãos da administração pública federal devem apresentar um Plano Anual de Contratações de bens, serviços, obras e soluções de tecnologia da informação e comunicações. Os dados são divulgados pelo Painel de Preços.
Em 2019, 30 compras
O valor gasto no primeiro semestre corresponde a 86% do volume usado no ano passado com esse tipo de produto. Em 2019, o governo federal desembolsou R$ 68,9 milhões para a aquisição de botox. Foram, ao todo, 30 processos de licitação. Em dois anos, a despesa com esse medicamento chega a R$ 128 milhões.
À época, o Ministério da Educação realizou três compras no valor de R$ 38,1 mil. O Ministério da Saúde desembolsou R$ 67,1 milhões em três licitações. Por fim, o Ministério da Defesa gastou R$ 1,7 milhão em 24 processos de aquisição.
da Redação com Metrópoles
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