Num dia de tensões no mercado, o dólar fechou em firme alta em meio a receios em relação aos rumos da economia. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (14) vendido a R$ 5,427, com alta de R$ 0,06 (+1,12%).
A cotação operou em alta durante toda a sessão. Com a valorização de hoje, o dólar reverteu a queda acumulada até ontem e encerrou a semana com ganho de 0,27%. A divisa subiu 4% em agosto e acumula alta de 35,25% em 2020.
No mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), recuperou-se da queda de ontem e fechou esta sexta aos 101.353 pontos, com alta de 0,89%. Apesar da alta de hoje, o indicador encerrou a semana com perda 1,38% e acumula recuo de 1,51% no mês.
A alta do dólar ocorreu numa semana marcada por declarações sobre o futuro do teto federal de gastos e pela saída de dois secretários do Ministério da Economia. Na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, comprometeram-se com a defesa do limite de gastos. que não evitou uma perda semanal de 1,38% e recuo no mês de 1,51%.
Ontem à noite, Bolsonaro afirmou, em transmissão ao vivo nas redes sociais que não há tentativa de furar o teto, mas disse que o debate existe <https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2020-08/bolsonaro-nao-existe-tentativa-de-furar-o-teto-de-gastos>. Hoje pela manhã, o presidente voltou a defender o teto em postagem na rede social Facebook.
A recente queda da taxa Selic (juros básicos da economia) também contribuiu para a valorização do dólar. Hoje, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que o diferencial de juros mais baixo leva a um nível mais alto de câmbio, mas pontuou que não é tão simples fazer essa ligação para explicar a volatilidade cambial.
Reuters
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