O economista Samuel Pessoa, que assina coluna aos domingos na Folha de São Paulo, fez uma análise da música “As Caravanas”, de Chico Buarque, que descreve o suposto desconforto dos ricos e brancos com os pobres e negros nas praias da zona sul do Rio.
O economista pondera que o cantor e compositor – rico, branco e morador do Leblon– chegou com 32 anos de atraso.
Pessoa recorda a grita que houve em 1984, quando Leonel Brizola autorizou a circulação de ônibus pelo túnel Rebouças, que liga a zona norte à zona sul. Cita referências do colunismo social à “horda que invade as areias de Ipanema”.
Lembra ainda que, apesar da narrativa petista de que o rico “não suporta” o pobre viajando de avião, não se encontra na imprensa, nos anos do governo do PT, nada equivalente ao ocorrido há mais de 32 anos.
E observa que, hoje, “as classes C e D foram expulsas dos aeroportos pela crise” –provocada, como sabemos, pela estupidez do poste de Lula, Dilma Rousseff.
“Diferentemente da sugestão de ‘Caravanas’, não foi a raiva da elite branca que expulsou a população dos voos. A incompetência da gestão econômica petista fechou o túnel Rebouças da ascensão social”, arremata.
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