O apresentador Luciano Huck, apontado como provável candidato à Presidência da República nas eleições deste ano, foi alvo de uma polêmica envolvendo o seu nome, porque recorreu ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar, com juros subsidiados, a compra de uma aeronove. Dono da empresa Brisair Serviços Técnicos Aeronáuticos Ltda e tendo como sócia a mulher, a também apresentadora Angélica, o financiamento foi dado em 2013, no governo Dilma Rousseff, para subsidiar a Embraer.
Dados da instituição financeira detalham que o empréstimo para a aquisição do avião foi contrato em 29 de maio de 2013, em 114 parcelas, com cinco meses de carência para o início da amortização e juros anuais de 3% ao ano. Essas condições de pagamento são oferecidas apenas por bancos de fomento e não seria possível ter acesso aos recursos, com essas taxas, em outras instituições financeiras. A estatal liberou R$ 17,7 milhões em uma operação intermediada pelo Itaú Unibanco, por meio do programa Finame.
O banco público explicou que até dezembro de 2017, havia 1.036.572 operações registradas com as condições semelhantes, o que demonstra a pulverização do programa entre milhares de empresas de todo o Brasil. A estatal ainda informou que a função do Finame é fomentar a indústria brasileira de bens de capital, criando mecanismos de crédito que estimulem a produção, aquisição e comercialização de bens, máquinas e equipamentos nacionais.
O Finame garantia juros subsidiados a quem contratasse as linhas de financiamento. Com isso, parte do empréstimo era pago pelo Tesouro Nacional, que a correção era inferior a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). O governo ainda bancava a diferença entre a Selic e a TJLP nos empréstimos via PSI.
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