O ministro Luís Felipe Salomão, que pediu vistas em três ações que tramitam no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), não deve trazer o seu voto nas sessões marcadas para esta semana na Corte, segundo informações obtidas pelo Tá na Área. Com isso, começa a ganhar força a estratégia formulada pela defesa do ex-governador, que trabalha para postegar o desfecho desses processos, sobretudo nas ações do Empreender e PBPrev que já têm voto pela inelegibilidade do socialista, conferidos pelo relator, ministro Og Fernandes, que deixou a Corte Eleitoral.
Como se sabe, o prazo limite para o registro de candidaturas definido pela Emenda Constitucional (EC) nº 107/2020, promulgada pelo Congresso Nacional no dia 2 de julho, que adiou o primeiro e o segundo turno das Eleições Municipais deste ano, respectivamente, para os dias 15 e 29 de novembro, em razão da pandemia provocada pelo novo coronavírus, passou do dia 15 de agosto para 16 de setembro. Ou seja, caso não tenha desfecho até lá, o ex-governador poderá registrar a sua candidatura sem qualquer impedimento, já que não haverá impedimento algum para isso.
Assim sendo, como o processo só deve voltar à pauta do TSE na semana seguinte, caso ministro Salomão resolva trazer o seu voto vista, a defesa e Ricardo Coutinho ganham tempo e esticam a corda para ver se conseguem postegar garantir o registro da candidatura do socialista, caso decida concorrer ao pleito.
O PSB, partido de Coutinho, até agora não definiu a data de sua Convenção.
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