A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação nesta quinta-feira (17) com a aceleração da pandemia na Europa em setembro. No dia 11, segundo a entidade, o continente alcançou um recorde diário de casos, com 54 mil registros em 24 horas.
Segundo o diretor da OMS Europa, Hans Kluge, a transmissão do coronavírus em setembro está mais rápida que no início da pandemia.
“Os números de setembro deveriam servir de alerta para todos nós na Europa, onde o número de casos é superior aos registrados em março e abril”, informou Kluge.
O diretor regional afirmou que os principais responsáveis pela aceleração da pandemia no continente seguem sendo as pessoas mais jovens, com até 49 anos.
“Embora tenhamos observado um aumento de casos nas faixas etárias mais velhas, 50 a 64 e 65 a 79 anos, na primeira semana de setembro, a maior proporção ainda está entre os de 25 a 49 anos”, disse.
A entidade destacou o caso da França, que registrou 10 mil novos casos nas últimas 24 horas.
Quarentena não deve ser reduzida
A OMS também manifestou preocupação com a redução do tempo da quarentena das pessoas infectadas em alguns países europeus, como a França. A entidade ressaltou que permanece a recomendação de um isolamento de 14 dias para todas as pessoas que tiveram contato com vírus.
“Nossa recomendação de quarentena de 14 dias está baseada em nossa compreensão do período de incubação e transmissão da doença. Apenas a revisaríamos com base em nosso conhecimento científico, o que não é o caso no momento”, destacou Catherine Smallwood, diretora de Emergências da OMS Europa.
Na França, a duração do isolamento foi reduzida para sete dias em caso de contato. No Reino Unido e Irlanda, o prazo agora passa a ser de 10 dias. Outros países europeus, como Portugal e Croácia, também planejam encurtar as quarentenas.
G1 Bem estar
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