A partir desta segunda-feira (21.09), o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), começa a encerrar as atividades de telemedicina que estavam sendo oferecidas aos pacientes em 13 especialidades. O telatendimento foi implantado na instituição em maio deste ano no contexto da pandemia de covid-19, devido à suspensão das consultas ambulatoriais.
“Todas essas atividades de teleatendimento serão substituídas por atendimento presencial. O hospital não irá retomar o mesmo quantitativo de atendimentos antes da pandemia, mas nós vamos substituir o serviço de telemedicina por assistência presencial de maneira gradativa. Então só um ou outro serviço irá continuar no teleatendimento por questões ainda pontuais”, explica Ângelo Melo, coordenador do projeto de telemedicina no HULW e titular da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP). É o caso do Serviço de Geriatria (dado o maior risco da pessoa idosa com relação à covid-19), que deve continuar uma parte do atendimento ainda de maneira virtual, mas já com um maior volume presencial.
Iniciado em 18 de maio deste ano, o projeto de telemedicina já é considerado como uma experiência exitosa no HULW. “Nossa avaliação é que foi uma iniciativa excepcional. Na verdade, foi um serviço que, com a duração de quatro meses, nós conseguimos prestar uma assistência à população num momento muito crítico de país e de mundo, dentro das limitações possíveis e com o apoio dado pela administração do hospital”, afirma Ângelo Melo.
O gestor credita o sucesso da ação não somente ao empenho dos profissionais envolvidos, mas também ao suporte oferecido por diferentes setores do hospital. Além do amparo da Governança do HULW, a viabilização do projeto de telemedicina durante a pandemia de covid-19 se tornou possível com a ação de enfermeiras e residentes, que atuaram na elaboração do teleatendimento, e com o apoio da parte de infraestrutura, por meio do Setor de Gestão de Processos e Tecnologia da Informação (SGPTI) e da Divisão de Infraestrutura do Lauro Wanderley. Outro aspecto destacado por Ângelo Melo diz respeito ao orçamento do projeto, que exigiu uma quantidade mínima de recursos. “Ou seja, praticamente não ocorreram gastos para que fosse possível a gente fazer esse atendimento para toda a população”, ressalta.
PLANEJAMENTO – A partir desta semana, a experiência de telemedicina no HULW começa a ser desativada, mas a ideia não é concluir os trabalhos de forma definitiva. “Vamos diminuir o máximo possível o telatendimento neste momento. Num segundo momento, iremos realizar um planejamento no hospital com investimento em infraestrutura no ambulatório, para que possamos dar continuidade ao teleatendimento como um complemento da atividade ambulatorial presencial, constituindo-se em um anexo das atividades assistenciais do nosso hospital”, esclarece Ângelo Melo.
BALANÇO DO TRABALHO
Realizado no mês passado, um balanço parcial das ações do projeto de telemedicina mostra que, entre 18 de maio e 21 de agosto, o HULW registrou 8.028 atendimentos, que resultaram em 3.083 agendamentos on-line em 13 especialidades. “Então, não resta dúvida de que o balanço é positivo”, afirma Ângelo Melo, coordenador do projeto.
Pelo menos 60 profissionais realizaram assistência remota aos pacientes do HULW, e o acesso dos pacientes ao serviço ocorreu por meio de uma central telefônica com quatro linhas. Após triagem, a assistência a distância se dava pelo WhatsApp ou pela plataforma Teams. O telatendimento ocorria nas seguintes especialidades: Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologia, Geriatria, Gastroenterologia, Hematologia, Nefrologia, Neurologia, Oncologia, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria e Reumatologia. Esta semana, um novo levantamento das atividades deve ser realizado pela Gerência de Ensino e Pesquisa, para que se possa ter um relatório preciso dos atendimentos realizados ao longo de quatro meses.
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