A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (NDTA), realiza nesta quarta-feira (25) o webinar “Fortalecimento da Vigilância da Toxoplasmose gestacional e congênita na Paraíba”. A agenda tem como público-alvo médicos e profissionais da vigilância epidemiológica dos municípios, mas o canal estará aberto para todos que tiverem interesse em assistir.
De acordo com a técnica do NDTA, Silmara Pereira, o objetivo do webinar é fortalecer a vigilância da toxoplasmose em geral, e especificamente a gestacional e congênita, além de reforçar o trabalho da assistência. “Inclusive, uma das palestrantes do webinar é a médica pediatra Jaqueline Capobiango, que é especialista do tema e vai trazer pontos sobre a parte clínica e de tratamento do agravo”, explica.
Além da presença da médica Jaqueline Capobiango, a agenda conta com a participação da representante do Ministério da Saúde, Rosalynd Moreira Lemos, e da representante do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da SES, Eugênia Barbosa Guimarães. Esta última vai falar sobre o fluxo de dispensação de medicação para toxoplasmose gestacional e congênita.
O público poderá assistir ao webinar “Fortalecimento da Vigilância da Toxoplasmose gestacional e congênita na Paraíba” no canal do Educa Saúde Paraíba, a partir das 14h. O link para acesso é https://www.youtube.com/watch?v=YhkpicDnw8I&feature=youtu.be
Toxoplasmose – Doença causada pelo Toxoplasma Gondii, o agravo pode ser transmitido por três formas: pela ingestão de carne crua ou mal cozida de animais parasitados; pela ingestão de oocitos contaminantes na água e alimentos provenientes do solo, lixo e de qualquer local onde os felinos, principalmente gatos, defecam, ou por transmissão direta, afetando, sobretudo as crianças pelo manuseio da terra e areia; e pela transplacentária do protozoário, acontecendo quando as mulheres se infectam entre a concepção e o sexto mês de gestação.
Os sintomas do agravo são semelhantes aos da gripe comum, por isso, muitas vezes, passa despercebido. Porém, na gestação, se não tratada de maneira adequada, a toxoplasmose pode gerar consequências mais graves como, por exemplo, o aborto. Silmara Pereira pontua que, caso a criança venha a nascer, ela pode ter complicações.
“O fortalecimento da vigilância da toxoplasmose gestacional é justamente esse, dar a atenção devida para a gestante, evitando a transmissão para o bebê. Já em relação à criança, quando nasce, 85% aproximadamente são assintomáticos. É preciso realizar exames. Indica-se que a criança seja acompanhada por, pelo menos, 12 meses. Se diagnosticada com toxoplasmose congênita, a criança vai precisar de tratamento. Caso esse tratamento não seja realizado, pode gerar sequelas como cegueira e problemas neurológicos”, explica.
Dados – Toxoplasmose gestacional e congênita são doenças de notificação compulsória. Até a Semana Epidemiológica 45 – semana passada –, a Paraíba possui 83 notificações para a toxoplasmose gestacional, sendo 52% das gestantes concentradas na I Macrorregião de Saúde. Já a congênita possui 20 notificações, sendo 43% do sexo feminino e 57% sexo masculino.
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