Superintendente do Dnocs na Paraíba, presidente estadual do MDB de João Pessoa e coordenador da campanha do comunicador Nilvan Ferreira, que disputa o segundo turno das eleições em João Pessoa, Alberto Gomes, teve pedido de afastamento do cargo pedido pelo Ministério Público Federação (MPF) no âmbito da Operação ‘Fundo do Poço’, deflagrada nesta quarta-feira (25) e que apura corrupção por meio de dispensas de licitação e contratos irregulares num montante aproximado de R$ 75 milhões.
O pedido, conforme apuração do jornalista Wallison Bezerra, do portal MaisPB, foi feito baseado na necessidade de Alberto Gomes, também conhecido como ‘Esquerdinha’, ter como padrinho o ex-deputado federal Benjamin Manaranhão, sobrinho do senador José Maranhão, ambos do mesmo partido, o MDB. Como se sabe, o ex-deputado federal Benjamin Maranhão (MDB) e a mãe dele, a ex-prefeita de Araruna, Wilma Maranhão, do mesmo partido, sobrinho e irmã do senador José Maranhão, respectivamente, estão entre os alvos da Polícia Federal na operação “Poço sem Fundo”. Eles receberam a “visita” da PF nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25).
A juíza Cristiane Mendonça, da 16ª Vara da Justiça Federal, não atendeu o pedido. Na operação, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em João Pessoa e Araruna, na Paraíba, e em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. A ação conta com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
A operação tem por objetivo combater desvio de recursos públicos federais destinados à perfuração de poços e implantação de sistemas simplificados de abastecimento de água no Estado da Paraíba, sob responsabilidade da Superintendência Regional do Incra e da Coordenadoria do Dnocs, na Paraíba.
As investigações remontam a 2016, último ano da gestão de Wilma Maranhão à frente da prefeitura de Araruna. Além dela e do filho, são alvos servidores do Incra e do Dnocs e empresas cujos nomes não foram revelados.
A apuração teve início a partir de inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar contratações indevidas promovidas pela Superintendência Regional do INCRA/PB, culminando na realização de fiscalização por parte da CGU, sendo constatada vinculação familiar, financeira e empresarial entre as empresas investigadas.
A investigação traz também indícios de direcionamento de contratos firmados, sobreposição dos serviços contratados pelo INCRA/PB com os serviços contratados por outros órgãos, como DNOCS/PB e a Prefeitura de Araruna/PB, já que, em período contemporâneo, as empresas investigadas realizaram serviços similares para os três órgãos, via contratações diretas, por meio de dispensas de licitação.
As dispensas de licitação e os contratos investigados totalizam o montante aproximado de R$ 75 milhões.
A investigação aponta, também, para a prática de superfaturamento dos contratos, atos de corrupção passiva e ativa, e de lavagem de dinheiro, mediante utilização de contas bancárias de empresas interpostas, para dissimular a movimentação financeira.
Com a realização da fase ostensiva da Operação, além da reversão ao erário dos valores pagos indevidamente, busca-se responsabilizar os servidores envolvidos nas irregularidades e a punição de todos os envolvidos nas situações investigadas.
Da Redação com blog do Wallisson Bezerra
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