Um dia após Tiago Leifert, atualmente no entretenimento da TV Globo, mas ex-apresentador esportivo, criticar as manifestações políticas no esporte, Walter Casagrande, comentarista esportivo da emissora, respondeu ao colega de casa em outro texto, altamente politizado.
“Será que o evento esportivo é um local apropriado para manifestações políticas? Eu acho que não. Olhando por todos os lados, não vejo motivos para politizar o esporte”, disse o, atualmente, apresentador do The Voice.
Entre outras críticas, Leifert condenou o gesto de Colin Kaepernick, ex-quarterback do 49ers, equipe de futebol americano de San Francisco, que ajoelhava na execução dos hinos para protestar contra a violência da polícia contra negros nos Estados Unidos:
“Nos Estados Unidos, Colin Kaepernick, jogador da NFL, a liga de futebol americano, resolveu se ajoelhar durante o hino americano para protestar contra a forma como a polícia trata os negros. Trump ficou pistola, os torcedores conservadores também, considerando um desrespeito ao hino. Independentemente do que você, leitor, ache, Kaepernick está desempregado. Nenhum time quis esse “troublemaker” no elenco. Como eu estava dizendo, quando esporte e política se misturam…”
Casagrande, um dos participantes da história ‘Democracia Corintiana’, espécie de movimento criado por jogadores que jogavam no Corinthians na década de 80 e que expuseram sua opinião a favor das diretas e contra a ditadura militar, criticou a postura de Leifert:
“Por aqui, lembro sempre da Democracia Corinthiana. Sim, porque junto com Sócrates, meu grande parceiro, participei dela, e isso me enche de orgulho, mas mais ainda por acreditar que fomos peça importante para aumentar o coro que exigia o retorno da democracia. (…)Por que hoje eu não poderia fazer isso? Quem proíbe o jogador de participar disso está, indiretamente, apoiando ideias reacionárias.”
Notícias ao Minuto
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