O início de um dos mais lembrados períodos de luto da história recente brasileira completa 25 anos nesta terça-feira (2).
Nessa mesma data, em 1996, o avião onde estavam os Mamonas Assassinas chocou-se contra a Serra da Cantareira, em São Paulo, matando os cinco integrantes do grupo, além de um ajudante de palco, um segurança, o piloto e o copiloto da aeronave.
Na época, a banda vivia o auge, com o sucesso meteórico de seu único disco gravado em estúdio, lançado menos de um ano antes do acidente.
‘Vira-vira’
Um clássico dos Mamonas. Sátira do cantor português Roberto Leal (1951-2019) e de sua canção “Arrebita”, lançada no início dos anos 1970.
A música deu vida nova à popularidade do artista português no Brasil nos anos 90. Em entrevistas, Leal costumava dizer que se sentia homenageado e se tornou amigo dos integrantes grupo.
‘Pelados em Santos’
O convite para um programa amoroso na cidade de Santos, em São Paulo, a bordo de uma Brasília amarela se tornou o maior hino do grupo. Ao longo dos anos, ganhou uma série de regravações – a mais famosa delas, lançada pelos Titãs em seu álbum de covers de 1999.
O rock cômico com um emaranhado de influências, que iam de forró a música portuguesa, se tornou um fenômeno democrático, que agradava todas as faixas etárias.
O tempo passou, algumas desses canções perderam força entre as novas gerações, muitas vezes mais interessadas em buscar informações sobre a tragédia e as teorias que rondam a morte do grupo. Mas outras permanecem como hinos dos anos 1990.
Abaixo, saiba mais sobre os 7 hits dos Mamonas mais ouvidos hoje no Brasil, com base em dados do Spotify.
‘Jumento clandestino”
“Tava ruim lá na Bahia, profissão de bóia-fria / Trabalhando noite e dia, num era isso que eu queria / Eu vim-me embora pra “Sum Paulo'”.
Rock com referência forte de baião, a música faz graça com o movimento de migração do Nordeste para o Sudeste do Brasil, sem deixar de lado o tom crítico.
A letra tem referências a episódios de preconceito no tratamento recebido por esses migrantes: “E hoje eu tô arrependido de ter feito imigração / Volto pra casa f***, com um monte de apelido / O mais bonito é cabeção.”
‘Uma arlinda mulher’
Uma das discussões que cercam o legado dos Mamonas é o impacto que parte de seu repertório teria, se fosse lançada na era do cancelamento. “Uma arlinda mulher” é um exemplo de música que sobrevive como uma das mais ouvidas do grupo, apesar do teor problemático.
‘1406’
Mais uma dos Mamonas com crítica social forte, eternizada pelo refrão:
“Money que é good nóis num have / Se nóis hevasse nóis num tava aqui playando / Mas nóis precisa de worká.”
A letra brinca com o consumismo desenfreado, estimulado pela publicidade. O título faz referência a um número de telefone famoso, citado em comerciais de TV na época.
‘Chopis centis’
O passeio no shopping mais famoso da música brasileira. A parte instrumental faz referência a “Should I stay or should I go”, da banda punk inglesa The Clash, embora a sequência de acordes não seja exatamente a mesma.
‘Robocop gay’
Mais uma considerada problemática nos dias de hoje, já que pode ter interpretação homofóbica. A letra compara uma travesti alterada por cirurgias plásticas a um ciborgue.
Juntamente com “Pelados em Santos”, “Robocob gay” foi gravada pelo grupo na fita demo que os Mamonas enviaram para gravadoras, antes de assinarem com a EMI. Além de estourar no Brasil, fez muito sucesso na Argentina.
‘Vira-vira’
Um clássico dos Mamonas. Sátira do cantor português Roberto Leal (1951-2019) e de sua canção “Arrebita”, lançada no início dos anos 1970.
A música deu vida nova à popularidade do artista português no Brasil nos anos 90. Em entrevistas, Leal costumava dizer que se sentia homenageado e se tornou amigo dos integrantes grupo.
‘Pelados em Santos’
O convite para um programa amoroso na cidade de Santos, em São Paulo, a bordo de uma Brasília amarela se tornou o maior hino do grupo. Ao longo dos anos, ganhou uma série de regravações – a mais famosa delas, lançada pelos Titãs em seu álbum de covers de 1999.
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