O Ministério da Saúde estuda ampliar sua recomendação atual sobre vacinação de grávidas contra Covid-19 para sugerir que todas as gestantes recebam a vacina, disse nesta sexta-feira o secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara Medeiros Parente. Foi no Senado um projeto de lei, de autoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) que inclui as grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz há pouco tempo) entre as prioridades na vacinação contra a Covid-19. De acordo com o projeto, gestantes e puérperas devem ser vacinadas após o grupo de pessoas com mais de 65 anos de idade.
“Hoje praticamente todos os especialistas do Brasil em ginecologia e obstetrícia têm uma sugestão, até pedem com bastante força que todas as gestantes entrem nessa recomendação”, disse Parente.
“Nós já estamos em tratativas avançadas, mas é importante lembrar que a gestação é por definição um período trombótico. Nós temos que ter muito cuidado porque algumas vacinas, mesmo que de forma muito rara, estão mostrando alguns efeitos colaterais neste sentido e a gente sabe que, com grávida, além de se preocupar com a grávida, temos que nos preocupar com o bebê também.”
Na Europa foram registrados alguns casos de coágulos sanguíneos raros em algumas poucas pessoas que receberam a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 e, nos Estados Unidos, também foram relatados casos de coágulos raros também em uma pequena quantidade de pessoas que receberam a vacina da Johnson & Johnson.
Da Redação com Revista Exame
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