O Hospital Prontovida iniciou, nesta quarta-feira (28), o Projeto Portas Abertas – Fortalecendo os Vínculos na Linha de Cuidado Covid-19, voltado para familiares e pacientes internos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo é incentivar o acolhimento familiar pela equipe multiprofissional da unidade hospitalar com o repasse do boletim médico do paciente de modo presencial.
A primeira pessoa a ser atendida pelo novo projeto foi a feirante Mayana Belmiro, filha do paciente Manoel Belmiro, que está internado com Covid-19 na UTI do hospital. Ela conta que o contato olho no olho dos profissionais que estão cuidando do pai aliviou a ansiedade vivida nesses últimos dias. “Nós, da família, ficamos apreensivos para receber notícia e é muito gratificante ter esse contato com as pessoas que estão batalhando para salvar a vida dele. Fiquei muito feliz em saber que eles estão realmente se importando com nossos sentimentos e dispostos a vivenciar, através do diálogo, o que estamos passando”, disse.
O encontro presencial entre a equipe multiprofissional (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo e assistente social) e os familiares acontece uma vez por semana dentro de uma sala reservada. Nesta ocasião, é repassado como está o quadro clínico do paciente e são tiradas as dúvidas da família. Nos outros dias, o boletim médico é informado por meio de chamada telefônica pelos médicos plantonistas com o auxílio do serviço social e, se o paciente estiver bem clinicamente e emocionalmente, recebem uma chamada de vídeo com seus familiares junto à equipe de psicologia.
Para a diretora multiprofissional do Prontovida, Ana Carolina Acioly, a maior importância do projeto é aproximar a família e a equipe que está tratando e acolhendo paciente em um momento de dor. “A Covid-19 é uma doença que separa os familiares em um momento de dor e fragilidade, devido ao isolamento social. Então, a família também precisa ser cuidada e acolhida e, com isso, fortalecemos os vínculos entre os pacientes, familiares e equipe”, afirmou.
A coordenadora do serviço social, Clíssia Soares, explica que, após a conversa com a equipe multiprofissional, a família se sente mais segura. “Cada dia da semana recebemos algumas famílias, sendo duas pessoas por família. Elas têm a oportunidade de olhar nos olhos dos profissionais que estão cuidando de seu ente querido e saem mais seguros e confiantes”, observou.
Assim aconteceu com os filhos do aposentado José Lucena, que está internado na UTI do Prontovida. “Até agora nosso contato era todo por telefone, mas falar com a médica e os outros profissionais já nos acalmou um pouco, mesmo que ele ainda não esteja curado. Nós sabemos que eles estão se esforçando para cuidar do nosso pai e trazendo informações pra gente”, disse a filha, Gilma Lucena.
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