O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Vander Costa, afirmou ontem (quarta-feira), que o Sistema S desempenhará papel estratégico na nova realidade da educação profissional, auxiliando as pessoas que estão enfrentando problemas para acessar o mercado de trabalho formal no contexto pós-covid-19. A declaração foi dada durante o seu discurso na 109ª Conferência da OIT (Organização Internacional do Trabalho), na qual o presidente da CNT foi o delegado da bancada patronal do Brasil.
De acordo com o Relatório da OIT, divulgado pelo seu diretor-geral, Guy Ryder, estima-se que a recuperação global do emprego acelere na segunda metade de 2021, desde que não haja um agravamento da situação geral de pandemia. O documento alerta, porém, que essa retomada pode ser desequilibrada, em função do acesso desigual às vacinas e da capacidade limitada da maioria das economias em desenvolvimento e emergentes para apoiar fortes medidas de estímulo fiscal.
Nesse contexto, a OIT chama atenção para o impacto causado pela pandemia da covid-19 no mercado de trabalho, especialmente com a formação dos jovens. O presidente da CNT ressaltou a importância de dar atenção à educação profissionalizante e à aproximação entre governo, setor privado e sistemas que promovem a formação profissional.
“O Brasil tem uma vantagem em relação a outros países, já que dispõe de sistemas de formação que estão ligados ao setor privado, como é o caso do SEST SENAT e das demais entidades que compõem o Sistema S, financiado pelas grandes empresas”, disse.
Vander Costa também destacou, em sua fala, a necessidade de o Brasil promover um ambiente de negócios propício à geração de empregos em massa. Para isso, ele afirmou que é necessário retomar as discussões, nos três poderes, sobre as reformas estruturantes do Estado brasileiro. “As reformas administrativa e tributária, por exemplo, contribuirão de maneira decisiva para aplacar o déficit nas contas públicas, que cresce a cada ano.”
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