O jornalista e Diretor de Conteúdo do Tá na Área, Ivandro Oliveira, analisa os últimos acontecimentos do cenário político paraibano, com destaque para a filiação do prefeito Luciano Cartaxo ao PV. Confira:
Luciano fica ainda maior e paralisa adversários de hoje e aliados de amanhã
A busca por novos espaços, sem amarras ou condicionantes, o deslocamento para um ambiente com autonomia plena e que seja capaz de convergir idéias e projetos de sua gestão à frente da capital de todos os paraibanos. Esses foram alguns dos aspectos levados em consideração para que o prefeito Luciano Cartaxo trocasse o PSD pelo PV. Com perfil mais harmônico e conceito ligado à sustentabilidade, cuja contemporaneidade se amolda nos tempos atuais, a filiação ao PV concede o equilíbrio necessário para o exercício protagonista de Luciano Cartaxo, que passa a ter o controle definitivo da própria estratégia, não podendo ter seus planos presentes e futuros mais ameaçados por ninguém, o que, na prática, derruba toda e qualquer tentativa de isolamento, seja dos seus iminentes adversários ou mesmo pelos presumíveis aliados.
Em A Arte da Guerra, Sun Tzu, acentua que “aquele que se empenha a resolver as dificuldades resolve-as antes que elas surjam. Aquele que se ultrapassa a vencer os inimigos triunfa antes que as suas ameaças se concretizem”. Pois bem, Cartaxo fez o dever de casa, cumpriu a escrita do pensador asiático e, como toda liderança política de expressão, agora tem um partido para chamar de seu.
A mudança do amadurecido Luciano Cartaxo para o Partido Verde possibilitará a incursão do gestor pessoense não só na cena local, onde já exerce papel de relevo, mas, também, nacionalmente, projetando o modelo modelo de gestão que lhe rendeu a reeleição, em primeiro turno, com 60% dos votos válidos.
O tempo, até então muito cruel, agora é um importante aliado de quem passou a ser autor e ator de sua própria história. Como realçou em entrevista ontem à Nilvan Ferreira, João Costa e Victor Paiva, que ancoram o prestigiado Correio Debate, sobre as eleições de outubro próximo assim disse: “você tem outros partidos que vão se posicionar, o dia 7 é um prazo para saber se o governador vai deixar o cargo ou não, Romero acabou de tomar uma decisão de que não deixa mais o cargo de prefeito, mas tem várias decisões que vão ser tomadas em diversos partidos, e o PV com certeza vai estar se preparando, se fortalecendo para participar do processo eleitoral. Mas a minha decisão, vocês sabem, já tomei uma decisão, vou dialogar com muita gente, mas o objetivo agora é fazer o partido crescer e ajudar a Paraíba”, registrou.
Por enquanto, pelo menos até aqui, Cartaxo quer mesmo é construir o novo PV. Para tanto, quer começar do alicerce, fortalecendo a base, levando militantes para o partido, e com isso tem certeza que vai fazer a sigla crescer. “Nós vamos ter a disposição de trazer grandes companheiros para podermos ajudar a fortalecer o partido, que é muito importante para a Paraíba como um todo, e logicamente tem tudo a ver com a cidade”, cravou.
Sobre o posicionamento político do PV, o prefeito entende que é preciso organizar e fazer com que o partido ganhe musculatura no estado. Ao seu estilo, com diálogo e sem imposições, Cartaxo quer usufruir da autonomia de voo para ir mais longe e, com independência, escolher, segundo ele mesmo diz, “o melhor rumo para João Pessoa e para a Paraíba”.
A verdade é que independente dos próximos passos, Luciano ficou ainda maior que já era, a ponto de causar paralisia nos adversários de hoje e nos aliados de amanhã.
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