O procurador da Fazenda Nacional, Sergio Queiroz, admitiu, durante entrevista ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, ontem, a possibilidade de disputar um mandato nas eleições do próximo ano no estado desde que houvesse a condição de uma candidatura “avulsa”, isto é, sem vínculo partidário, e que isso ainda depende de um chamamento de Deus, pois a preço de hoje, não faz parte dos seus planos. “Só sendo um chamamento de Deus, aí vou orar sobre isso para ver se não há alternativas melhores. Tem que ser um chamado divinal e confirmado por três testemunhas”, afirmou.
Sergio Queiroz fez um balanço extremamente positivo de sua passagem pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, destacando, dentre outras coisas, a gestão do Auxílio Emergencial, instituído na pandemia e considerado o maior programa de transferência de renda da história do país, e criticou parlamentares, inclusive paraibanos, que pedem emendas ao governo federal para seus estados e se posicionam contra Bolsonaro. Sem citar nomes, Queiroz declarou que quem quer ser contra o presidente deveria ser oposição em todos os sentidos. É muito incoerente e não é justa essa postura”, disse.
O também líder da Cidade Viva, comunidade cristã sediada em João Pessoa e com trabalho evangelístico e social no Brasil e até no mundo, Queiroz criticou ainda o atual sistema político brasileiro e defendeu um limite de mandatos para deputados no país. Segundo ele, o sistema político transforma os partidos em verdadeiras capitanias hereditárias. “Quando um deputado assume o mandato, a primeira coisa que ele pensa é a reeleição, por isso entendo que o parlamentar deveria ser reeleito e depois não poder mais concorrer. Porque o presidente da República só pode ter dois mandatos e o deputado fica 20, 30 anos, e depois vem os filhos”, destacou.
De acordo com Queiroz, é preciso que haja uma mudança para possibilitar o candidato emplacar sua candidatura de forma avulsa, sem a necessidade de estar atrelada a um partido. Ele lembrou que dessa forma um candidato ‘outside’ sempre vai ter que ceder a um partido político.
STF E O PRESIDENTE BOLSONARO
Para Queiroz existe “um certo exagero do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à postura contra o presidente Jair Bolsonaro” (sem partido) e lembrou que todo poder que não encontra limites é um poder que corrompe sua essência.
Recentemente, instalou-se uma crise de relacionamento entre os poderes ao ponto de o presidente Jair Bolsonaro pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, por exemplo.
De acordo com o pastor, ninguém é 100% livre de erros. “Quero acreditar na boa-fé das pessoas, dos ministros do Supremo, mas nem o ministro e nem ninguém são 100% livre de erros, de quedas”, destacou.
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