O projeto Rota das Letras, realizado pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), recebeu, nesta sexta-feira (1), a visita de 14 alunos da Escola Municipal Santos Dumont, situada no bairro Varadouro. As crianças, que são venezuelanas e indígenas da etnia warao, com idades entre 9 e 15 anos, viveram uma experiência nova ao conhecerem o Pavilhão do Chá e conferirem a programação cultural.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, afirmou que a Prefeitura de João Pessoa está constantemente investindo na formação das crianças. E ao ter contato com uma atividade cultural, contação de histórias, lançamento de livro, com a escuta musical, elas passam por uma experiência importante que deixa marcas na sua formação.
“É disso que estamos cuidando, de ajudar a formar as nossas crianças. Ficamos muito contentes de poder ajudar na integração desses pequenos venezuelanos. Que eles e seus pais sejam muito bem-vindos a João Pessoa”, acrescentou.
Além das crianças, os adultos também aprovaram as atividades do projeto Rota das Letras. O cacique Abel contou que foi divertido acompanhar as atividades do projeto. “Tenho três filhos e perguntei ao maior o que ele tinha achado. Ele disse: ‘Muito bem, muito bem’. Somos indígenas warao e estamos felizes em conhecer um pouco da cultura do Brasil”, comentou.
A gestora administrativa da escola, Adriana Maia de Lima, relatou que, de fato, os alunos ficaram encantados. “Tudo é novo e essa foi a primeira vivência cultural deles. Essas crianças nunca tinham sequer frequentado uma escola. Então, tudo tem se tornado uma experiência inovadora e, para nós, um grande desafio porque nem todos dominam a língua portuguesa”, observou.“Eles ficaram deslumbrados com as atividades, acharam o local muito bonito e ficaram muito felizes por terem participado”, acrescentou.
Ela afirmou que a gestão municipal tem proporcionado essa nova realidade para as crianças por meio da integração de diversas políticas públicas que estão assistindo essa população.
As crianças saíram da Venezuela com suas famílias por conta da crise humanitária, percorrendo várias cidades brasileiras, até chegarem a João Pessoa. Para a gestora, foi prazeroso acompanhar os alunos no projeto. “A gente celebra muito, porque também é nova para nós essa experiência de educação intercultural”, concluiu.
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