A dona da empresa Hempcare e o sócio ficaram calados durante toda a sessão da CPI da Covid desta quarta-feira (3) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.
Os dois foram convocados para prestar depoimentos na CPI na condição de investigados. Os deputados buscam explicações sobre a compra frustrada de respiradores pelo Consórcio Nordeste à empresa Hempcare durante a pandemia.
A aquisição, que não foi concluída, custou cerca de R$ 4,9 milhões ao Rio Grande do Norte, por 30 respiradores, e R$ 48 milhões ao Consórcio Nordeste, por 300.
O secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, também já havia ficado em silêncio quando foi interrogado na sessão do dia 6 de outubro da CPI da Covid. Ele conseguiu o direito de não responder às perguntar na Justiça.
A dona da empresa foi a primeira a entrar no plenário e informou que não responderia as questões. Como forma do protocolo, os deputados, ainda assim, leram todos os questionamentos antes de liberá-la. Em seguida, o sócio também ficou em silêncio.
Os dois chegaram a ser presos em junho do ano passado na Operação Ragnarok, que investiga a não entrega dos respiradores pela empresa após a compra e pagamento do Consórcio Nordeste pelos equipamentos.
Ainda na sessão desta quarta-feira (3), a CPI ouviu uma ex-servidora da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) também na condição de investigada.
Ela prestou esclarecimentos sobre os contratos da contratação de ambulâncias e de leitos de UTI, que são alvos da CPI.
A CPI confirmou também que os trabalhos se encerram na última sessão da Comissão, que será no dia 16 de dezembro.
G1
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