O diretor de comercialização de logística da Petrobras, Cláudio Mastella, declarou nesta sexta-feira (6) que a empresa espera uma “estabilização” da defasagem de preços dos combustíveis em relação aos preços internacionais para definir novos valores no mercado interno. A declaração acontece um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) bradar, em João Pessoa, durante sua live semanal, contra os preços da estatal.
O chamado preço de paridade de importação (PPI) é o custo do produto importado trazido ao país. De acordo o diretor, “a empresa evita repassar a volatilidade para o mercado interno”.
“A gente aguarda uma estabilização de defasagem para um novo patamar para então implementar mudanças”, disse o diretor durante coletiva de imprensa sobre os resultados financeiros da empresa no primeiro trimestre de 2022.
O presidente da empresa, José Mauro Ferreira Coelho, disse que não pretende repassar os aumentos de imediato, mas que reajustes devem ser feitos “para manter a saúde financeira da companhia”. Em teleconferência com analistas nesta manhã, Coelho já havia reforçado que a empresa não deve se desviar das práticas de preços de mercado.
Também nesta sexta, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) afirmou que o óleo diesel apresenta defasagem média de -21%, enquanto a gasolina apresenta defasagem de -17%.
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