Uma eleição, quem já participou dela, seja protagonizando ou nos bastidores, sabe que a comparação deve e precisa ser sempre com uma maratona, em que o maratonista/candidato deve dosar cada passo e seguir uma estratégia que conceda o fôlego necessário para cruzar a linha de chegada, preferencialmente em primeiro. Mas, pelo jeito, considerando os sinais aqui e acolá, o deputado federal Efraim Filho não seguiu o script e agora, diante da aproximação do verdadeiro calendário eleitoral, começa a ser ver diante de um presumido processo de desidratação, com o desembarque de aliados de outrora.
Como se sabe, Efraim resolveu largar na frente e alinhavou acordos em torno de sua base eleitoral, tendo em vista a proeminência de disputar o Senado da República em condições reais de vitória. Ocorre, contudo, que o deputado federal, presidente do União Brasil na Paraíba, tem se deparado com uma operação em curso que visa executar o desembarque de seu projeto de velhos aliados e futuros aliados da peleja do ano de graça de 2022, diria o mestre Rubens Nóbrega.
Primeiro, foi o deputado Ricardo Barbosa, do PSB, até então aliado da chamada hora um de Efraim. Agora, após declarações do governador João Azevêdo (PSB) de que seu papel agora é fechar a unidade em torno da chapa que disputará as eleições deste ano, eis que o deputado estadual, Wilson Filho, líder do governo na Assembleia Legislativa, é mais um parlamentar do Republicanos que prometeu seguir a decisão do gestor com relação a escolha do candidato a senador, que caminha para ser Aguinaldo Ribeiro (Progressistas). Além dele, Raniery Paulino também já fez a mesma promessa.
“Nunca deixei de expressar, desde o início, mesmo antes de ser líder do governo, que sempre tomaria minhas decisões combinadas com o governador. Eu entendo os motivos que levaram o Republicanos a apoiar Efraim Filho. Também entendo que o Republicanos é governo. O partido vai ter uma reunião para construir essas etapas”, disse.
Pelo sim, pelo não, ao que parece ser e estar, diante de tantos sinais, gestos e palavras, o percurso de Efraim começa a ficar mais íngreme, repleto de obstáculos e, pior, mais insólita.
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