Com um impacto de quase R$ 5 bilhões por ano aos cofres públicos, o Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de oferecer um grande mote ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na ‘guerra fria’ travada contra o mandatário do país. Em meio ao cenário pós-pandemia, de busca pela recuperação econômica e ainda de crise acentuada na área social, apesar de minorada pelas últimas medidas, a exemplo do aumento do Auxílio Brasil, o aumento do STF é um ‘tapa na cara’ nos brasileiros.
Não à toa, assessores do Palácio do Planalto já se empenham em convencer o presidente Jair Bolsonaro, que é candidato à reeleição, a vetar o aumento de 18% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). É que esse reajuste tem efeito cascata a impactar nas contas públicas, porque diferente do que se apregoa, a medida refletirá nos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
Para se ter uma idéia, só no Executivo, a medida vai gerar um aumento de despesas de R$ 237 milhões por ano, isso segundo estimativa da área econômica do governo. Ao todo, conforme projetou o jornal Estado de São Paulo, a conta chegará a ciclópica cifra de R$ 4 bilhões e 600 milhões anuais. Um absurdo!
O reajuste defendido pelo STF não é apenas um simples ‘mote’, mas tudo aquilo que mais queria Bolsonaro no atual cenário de confrontação com parte de suas excelências, integrantes da Corte Constitucional do País, especialmente os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, o trio de desafetos do capitão. Como se diz no jargão popular, é chegada a hora da onça beber água e Bolsonaro sabe a tão sonhada oportunidade de ‘emparedar’ a corte perante a sociedade chegou.
Para tanto, Bolsonaro terá que fazer uso tão somente da sua caneta BIC, rejeitando o aumento, vetando o reajuste e dizendo em alto e bom som que é contra esse verdadeiro acinte. De cara, receberia amplo apoio da opinião pública, até em razão do efeito cascata bilionário nas contas públicas.
Aliás, quando Temer teve a chance de vetar o aumento proposto em 2018, o então candidato a presidente Jair Bolsonaro disse que, se fosse ele, vetaria. Agora, no momento mais crucial de sua turbulenta relação com a Corte, Bolsonaro tem a grande chance de virar o jogo, mostrando aos brasileiros que suas execências não estão nem aí com os rumos e destino do país, porque, na verdade, estão preocupados mesmo em engordar seus bolsos e suas rescepctivas contas bancárias.
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