Nesta quarta-feira (17) a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da Prefeitura de João Pessoa vai apresentar os resultados da análise de riscos e vulnerabilidades, uma das etapas do Plano de Ação Climática (PLAC), inserida nas ações do Programa João Pessoa Sustentável. A apresentação será aberta ao público, às 17h, no Auditório Professor José Marques, no Instituto Federal da Paraíba (IFPB), em Jaguaribe.
O Plano de Ação Climática de João Pessoa está sendo desenvolvido pela WayCarbon e Iclei, sob a coordenação da Semam. A WayCarbon é uma empresa de consultoria e desenvolvimento de soluções para a sustentabilidade, gestão de ativos ambientais e desenvolvimento de estratégias com o objetivo de uma maior ecoeficiência e economia de baixo carbono. O Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade é uma rede global com mais de 2.500 governos locais e regionais, comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável. Atua em mais de 125 países, contribuindo com as políticas de sustentabilidade, impulsionando ações para redução das emissões de carbono, sempre respeitando a natureza, de maneira equitativa, resiliente e circular.
O Plano de Ação Climática de João Pessoa é coordenado pelos técnicos da Semam, do Núcleo de Estudos sobre Mudanças Climáticas (NEMC). Os estudos são ainda validados pelo Comitê Municipal de Mudanças Climáticas da Prefeitura, que tem a participação de diversas secretarias. Nesta quarta-feira serão apresentados os resultados da análise de riscos e vulnerabilidades climáticas de João Pessoa.
O secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, destacou que o Plano de Ação Climática é uma das ferramentas do Programa João Pessoa Sustentável. “O Plano é um instrumento para nortear as ações ambientais da gestão, permitindo atuar de maneira mais precisa, com o olhar atento para as regiões que necessitam de maior cuidado. É sem dúvida um instrumento imprescindível para que as ações sejam planejadas e focadas”, concluiu.
Dados sobre o clima – Os técnicos levantaram dados municipais, estaduais e federais, referentes aos riscos climáticos. Os números foram cruzados com outros dados que se referem ao panorama das mudanças climáticas no mundo. Por exemplo, são feitos os cruzamentos de dados epidemiológicos, de doenças como dengue e chicungunya, com dados sobre infraestrutura e histórico de temperatura em João Pessoa. Com o cruzamento dessas informações é possível fazer um diagnóstico sobre vulnerabilidade das populações. As arboviroses, como chicungunya e dengue, são consideradas doenças climáticas, estão relacionadas às mudanças de temperatura, chuva, à ausência de saneamento, entre outros fatores.
O Plano de Ação Climática trabalha ainda com dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (sigla IPCC para o nome em inglês), que é o órgão das Nações Unidas para avaliar a ciência relacionada às mudanças climáticas. Desta forma será possível ter projeções para os anos de 2030, 2050 e 2070. A próxima etapa do PLAC será a formulação de propostas para mitigação e adaptação da cidade de João Pessoa às mudanças climáticas.
Discussion about this post