Em resposta aos movimentos sub-reptícios de partidários do governador Ricardo Coutinho (PSB), que deflagraram uma campanha subterrânea contra adversários políticos do “projeto” socialista, o Portal Tá na Área recebeu documentos e informações que comprometem aliados políticos e até familiares do líder girassol. Com o irmão faturando mais de R$ 10 mil num gabinete em Brasília, mesmo residindo em João Pessoa, e o pré-candidato do partido ao governo acusado de ter “embolsado” em apenas um mês mais de R$ 62 mil, não pega bem que porta vozes oficiais e oficiosos do governador tentem apontar para os adversários quando deveriam entender que os demais dedos da mão estão voltados para si mesmos.
Ao estilo faça o que digo, mas não faça o que faço, o supersalário de mais de R$ 44 mil de João Azevedo, que na época da denúncia ocupava a secretária de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Minerais, Ciência e Tecnologia repercutiu em portais de notícias, programas de rádio, grupos políticos nas redes sociais, inclusive com direito a memes, e muito negativamente no seio da sociedade. Em resposta a denúncia, com base em relatório produzido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que acumulou seis cargos e vencimentos superiores a R$ 44 mil, Azevedo afirmou que trabalhara dentro da lei e que seus vencimentos eram legais. “Eu trabalho dentro da lei”, exortou à época.
Outro caso emblemático e que demonstra as contradições de arautos socialistas, remunerados ou não, é o vínculo empregatício do irmão do governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, que continua ligado ao gabinete do deputado federal Damião Feliciano (PDT) na Câmara Federal. De acordo com os dados disponíveis no site da Câmara Federal, o irmão do governador foi contratado, em cargo de comissão, desde o primeiro mês deste mandato do deputado e recebe atualmente mais de R$ 10 mil por mês, embora não consiga visualizar a função de “Cori”, como é mais conhecido pelos convivas mais chegados, uma vez que a Câmara não revela esse detalhe.
E não pára por aí. Sandra Vieira Coutinho Ferreira, irmã de Ricardo Coutinho, bem pouco tempo atrás, foi exonerada do cargo que ocupava na Prefeitura do Conde. Sem nunca ter dado o ar da graça, Sandra Coutinho foi exonerada na época pela prefeita Tatiana Correa, que hoje encontra-se presa por envolvimento com atos de corrupção quando administrava o município.
A irmã do governador do Estado exercia o cargo de assessora administrativa, símbolo DAE-2, com lotação no gabinete civil.
Em um estado que mais de 833 mil pessoas vivem em condição de miséria e que 76% da população sobrevive com apenas um salário mínimo, o super salário de mais de R$ 44 mil de um ex-secretário de Estado e pré-candidato ao governo nas eleições de 2018, a remuneração de R$ 10 mil para um irmão num gabinete em Brasília sem precisa dar expediente, já que reside na Capital paraibana, e um cargo em prefeitura para outra irmã, representam um verdadeiro acinte e comprovam que os partidários do governador não só vestem a carapuça, como desfilam de carro aberto pela avenida “Tabajara”.
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