A candidata à deputada federal Fernandinha Albuquerque anunciou, na manhã desta quinta-feira (22), por meio de carta-renúncia, o seu desligamento das funções de Presidente Estadual do União Brasil Mulher e da presidência do Diretório do partido no município do Conde.
Ao Portal, a assessoria de Fernandinha justificou a decisão como sendo motivada pela perseguição política que vem sofrendo, tanto de de dentro como de fora do partido. A candidata, segundo sua assessoria, “não teve o apoio do partido nessas últimas semanas para enfrentar essas perseguições”.
A candidata frisou que estava “muito desapontada com as ações estaduais do partido para incluir as mulheres na política e com o apoio oferecido para que ela desenvolvesse um trabalho nesse sentido, e que “se viu obrigada a tomar algum tipo de ação para demonstrar a gravidade do problema”.
“O momento político atual no União Brasil Paraíba torna necessário esta atitude. Sofri e sofro muitas perseguições em função da coragem com que aceitei combater o bom combate”, disse.
A candidata também afirmou estar muito desapontada com a condução estadual da sigla e disse que não poderia compactuar com certas atitudes desonestas que estavam ocorrendo dentro da organização política. Ela ainda disse que a maioria dos membros do partido nunca a viram como aliada ou colega, mas sim como adversária e isso dificultou o exercer de suas funções.
Diante disso, a renúncia de Fernandinha é um claro indicativo de que não existe coesão dentro do partido que passou a existir a partir da fusão entre o antigo DEM, capitaneado na Paraíba pelo Deputado Efraim Filho, e o PSL, do também Deputado Julian Lemos.
Ao que parece, a adesão de Fernandinha no novo partido só serviu para tencionar ainda mais as relações internas, já que ela era vista como uma forte liderança popular dentro dele e gerou inveja em alguns dos políticos que já estavam ali.
Agora, resta ver se este será o ponto final e o indicativo do fim da turbulência pela qual passa o partido ou se será apenas o começo de um racha profundo dentro do União Brasil.
Apesar de entregar o comando da sigla, Fernandinha mantém sua candidatura e acredita em sucesso no pleito. “Ressalto, por oportuno, que seguirei firme preservando os princípios, ideias e valores morais transmitidos por meus pais”, afirmou.
“Sigo candidata com força e fé pra mudar esta realidade. Não é a renúncia ao cargo que me fará desistir de lutar por mais mulheres na política. Muito pelo contrário, compreendo que preciso lutar ainda mais para que esse espaço de fala seja ocupado”, acrescentou.
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