Amigos e Amigas!
Eleição 2022 análise sábado à noite
Estamos na véspera das eleições de 2022 e a Ativaweb não poderia deixar esse momento passar sem mais uma análise, recuperando dados do início de 2018.
Termômetro ligado
Uma das coisas mais legais de acompanhar o crescimento ou esvaziamento das contas de redes sociais dos nossos presidenciáveis é poder analisar as diversas fases pelas quais os perfis dos candidatos passam. Dá até pra sentir, quase que em tempo real, a reação dos internautas aos novos fatos.
Mas para entender o contexto de hoje, precisamos olhar para trás. Voltamos no tempo e resgatamos os números de seguidores de Lula e Bolsonaro em 2018. E os números dizem muito.
Em março de 2018, Bolsonaro tinha 7.9 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram, enquanto Lula, em março de 2018, tinha apenas 885 mil.
Hoje, a situação dos dois presidenciáveis é bem diferente. Bolsonaro, que sempre foi mais aguerrido em suas redes sociais chegou à monta de 24 milhões de perfis na rede social com maior popularidade no BRASIL, ao mesmo tempo que Lula saltou para 9.3 milhões.
Detalhe : Bolsonaro tem hoje mais de 60 milhões de perfis em todas as redes sociais, o Lula tem um pouco mais de 20 milhões. Além disso, Bolsonaro sempre levou muito a serio o trabalho no digital, que conta com seu filho Carlos no Comando.
Mas, como tudo no mundo do digital, olhar apenas para o número absoluto de seguidores pode ser um grande engano.
Diferente de uma pesquisa eleitoral registrada, que mostra o retrato de uma tendência, na internet, é preciso uma análise temporal mais aprofundada.
Pegando impulso
Outro dado que chama a atenção é o crescimento das redes sociais dos dois presidenciáveis durante a campanha eleitoral de 2022. Nossa última análise antes do primeiro turno apontou que cada perfil havia ganho, em menos de 48hrs, mais de um milhão de seguidores.
E, neste segundo turno, o cenário não é diferente. Nossa pesquisa mais recente aponta que, entre os dias 03 e 28 de outubro, tanto Lula quanto Bolsonaro ganharam mais de 2 milhões de seguidores.
Espelhamento
E quais lições podemos tirar disso? Bem, a primeira é que o marketing político precisa evoluir para além das campanhas eleitorais. Veja: Bolsonaro, que tem uma estratégia mais consistente e trabalhada há anos, colheu seus resultados e sai na frente quanto ao volume de seguidores.
A segunda é que há fortes indícios de que esteja havendo um espelhamento das pesquisas nos números das redes sociais. Mas como assim?
Bem, o perfil de Bolsonaro cresceu neste segundo turno em aproximadamente 2.036.916 seguidores. Já o perfil de Lula cresceu aproximadamente 2.055.780. Perceba: quase a mesma quantidade. E, se você já acompanha nossas análises, já sabe que esse ritmo “casado” entre os dois perfis vem desde o primeiro turno.
A única diferença é que esse termômetro, até então, não batia com as pesquisas oficiais dos institutos de pesquisa. Porém, com as pesquisas mais bem “calibradas” neste segundo turno, que mostram uma disputa acirrada – no famoso voto a voto -, podemos vislumbrar uma possível tendência entre o comportamento colérico das redes sociais e a opinião disputada nas ruas.
Pauta de costumes e o Episódio Roberto Jefferson
O episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson conseguiu quebrar a sequência de pautas, todas elas ligadas aos costumes, até então ditada pela campanha bolsonarista desde o primeiro turno. Os tiros desferidos pelo ex-deputado contra policiais federais feriram de morte a estratégia da campanha do atual presidente de conduzir o debate eleitoral em torno de temas do seu interesse. Com isso, a campanha do ex-presidente Lula saiu da inércia, foi para cima e inverteu o clima que não vinha bom desde a virada do primeiro para o segundo turno.
Verdade das urnas
As duas campanhas chegam a essa reta final certas de que o resultado que brotará das urnas será um dos mais imprevisíveis de toda a história. Ao final, em meio à batalha eleitoral mais difícil da jovial democracia brasileira, o resultado confirmará que o país permanece dividido, um pouco mais até que em 2018.
Nos encontramos na próxima análise!
RETROSPECTIVA
Não é de hoje que começamos a trabalhar com Big Data, mas esse trabalho se intensificou no final dos anos 2000, quando ampliamos nossa atuação na mineração e análise de dados. E, de lá pra cá, quanta coisa já mudou!
Vimos os impactos da opinião pública digital se manifestarem nos negócios e na política, e como esses acontecimentos impactaram as decisões que se seguiram.
Já em 2010, na eleição nos Estados Unidos – que elegeu o ex-presidente Barack Obama – os números mostraram o que a gente já sabia: política e redes sociais passariam a andar de mãos dadas por tempo indeterminado.
Mais recentemente, em 2017, fomos uma das primeiras empresas de análise do Brasil a indicar o potencial de crescimento do então deputado Jair Messias Bolsonaro, atual presidente do país e candidato à reeleição pelo PL.
Passamos por 2018 e pudemos comprovar um movimento de espelhamento das análises do ‘universo digital’ nas urnas, especialmente com a eleição de Bolsonaro se confirmando como tendência irrevogável.
Em 2022, intensificamos ainda mais nosso ritmo de trabalho para atender às demandas crescentes de análise por todo o Brasil. Foram pedidos do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba e de muitos outros estados.
Um trabalho especializado, feito por uma equipe de mineradores e analistas que se empenharam para levar até você o melhor e mais preciso conteúdo. Porque informar com qualidade faz parte dos valores da Ativaweb.
E é com o sentimento de dever cumprido que eu, Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, desejo a você, meu amigo e minha amiga, e em nome de todos os nossos colaboradores, um domingo de votação pacífico, permeado pela consciência de que estamos exercendo um dos nossos direitos mais importantes: o direto ao voto.
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