Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam que volume de famílias com contas atrasadas no país voltou a subir em outubro e atingiu a maior taxa anual em seis anos. Segundo dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias inadimplentes atingiu 30,3% no mês – um aumento de 0,3 ponto percentual na comparação mensal e de 4,6 p.p. na relação com igual período de 2021.
O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) também apresentou uma piora no quadro anual.
Segundo a pesquisa, a proporção de endividados atingiu 79,2% no mês passado – em outubro de 2021, essa taxa estava em 74,6%. Na relação mensal, por sua vez, houve uma queda de 0,1 ponto.
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, parte do que explica essa desaceleração na proporção de endividados é a melhora progressiva do mercado de trabalho, as políticas mais robustas de transferência de renda e a queda da inflação geral nos últimos meses. Ainda assim, pontua ele, os orçamentos domésticos seguem apertados, principalmente entre as famílias de menor renda.
Divisão por renda e regiões
Ainda de acordo com a pesquisa, por exemplo, houve um aumento anual no endividamento tanto entre as famílias de rendas média e baixa (até 10 salários mínimos) quanto para aquelas na faixa de maiores rendimentos (acima de 10 salários mínimos).
Entre as modalidades que apresentaram um avanço na proporção de endividados, a CNC destaca as dívidas no cartão de crédito e no cheque especial.
- Redação
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