A primeira-dama e vice-presidente da Câmara de Vereadores de Cabedelo, Jacqueline Monteiro França, deve sair hoje da prisão por decisão do desembargador João Benedito da Silva. O presidente da Câmara Rosildo Pereira de Araújo e o vereador Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho também foram beneficiados com alvarás de soltura, expedidos ontem à noite pelo desembargador.
Eles haviam sido presos no último dia 3 de abril com outras nove pessoas, entre elas, o prefeito do Município, Wellington Viana França (Leto Viana).
A decisão manteve a suspensão das funções públicas, recolhimento domiciliar no período noturno, proibição para ausentar dos limites das Comarcas de Cabedelo e João Pessoa sem autorização judicial, e não frequentar bares, casas de jogos de azar, casas de shows e teatros.
Xeque-Mate – A operação foi realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, em cumprimento aos mandados autorizados pelo desembargador João Benedito da Silva, contra servidores e agentes políticos, acusados de envolvimento com corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude licitatória, entre outros.
Durante o inquérito policial, foram constatadas práticas ilícitas, tais como cargos fantasmas, doação de terrenos, utilização de interpostas pessoas para ocultação patrimonial, controle do Legislativo municipal por parte do prefeito, através do empréstimo de dinheiro para campanhas políticas, condicionado à assinatura de “cartas renúncia”, entre outras acusações.
O desembargador João Benedito determinou, ainda, a expedição de 11 mandados de prisão preventiva, 36 de busca e apreensão de documentos, mídias eletrônicas, veículos e objetos relacionados nas investigações
Ordenou, ainda, o afastamento cautelar do cargo de 84 servidores públicos e agentes políticos do Município de Cabedelo, incluindo o prefeito, vice-prefeito, o presidente e a vice-presidente da Câmara, além de vereadores em virtude da suspensão do exercício de suas funções públicas.
Na decisão, foi determinado o sequestro de 13 bens imóveis do casal Leto Viana e Jaqueline França por haver indícios de que foram comprados com dinheiro obtido com ações ilícitas no período compreendido entre os anos de 2014 e 2016.
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