A Polícia Federal divulgou, na tarde dessa quarta-feira (22), o bloqueio de aproximadamente R$ 15,3 milhões em contas de investigados na Operação Halving, que tem como principais alvos os sócios da Braiscompany, empresa especializada em criptoativos.
Segundo a PF, os valores foram bloquados junto a exchanges, plataformas digitais utilizadas para compra, venda, troca e armazenamento de criptomoedas.
Na semana passada, o Tribunal de Justiça da Paraíba já havia determinado o bloqueio de R$ 45,1 milhões em contas bancárias da Braiscompany e dos sócios Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias Campos.
A Operação Halving investiga crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. A crise na Braiscompany se tornou pública depois que clientes denunciaram atrasos no pagamento mensal de valores previstos nos contratos de investimento. Investigações apontam que nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptoativos, em contas vinculadas aos suspeitos.
Os crimes investigados na Operação Halving são previstos na lei que define os crimes contra o sistema financeiro nacional e suas penas, se somadas, ultrapassam 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
A Polícia Federal informou que dois alvos de mandados de prisão temporária são considerados foragidos. Seriam eles o empresário e CEO da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto, também conhecido como Antônio Neto Ais, e a esposa e sócia da empresa, Fabrícia Farias Campos, conhecida como Fabrícia Ais.
O nome da operação é uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada 4 anos, período semelhante à ascensão e crise da empresa investigada.
A Braiscompany tem sede em Campina Grande e filiais em João Pessoa, Recife, Fortaleza e São Paulo.
Portal Correio
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