Voltar de Fortaleza com uma vitória sobre o Ceará representará muito mais que três pontos para o Flamengo. Sob enorme pressão ao longo da última semana, o time joga neste domingo em busca de posições na tabela, mas acima de tudo tranquilidade.
Foram alguns protestos ao longo da semana. Mas o tom subiu mesmo no embarque de sexta-feira, para Fortaleza, onde um grupo de torcedores acabou excedendo limites. Jogadores ficaram expostos e assustados com a situação. O clube se manifestou com repúdio.
O cenário desenhado também esbarra em um contexto político. Quilômetros de distância do CT Ninho do Urubu, a sede da Gávea ferve. A nova derrota política da situação foi a suspensão da reunião de aprovação de contas do Conselho Deliberativo. A pressão é impulsionada pela instabilidade do futebol em 2018.
No discurso, jogadores tentam afastar o clima de crise. Reforçam que o ambiente não está – ou não deveria estar – pesado. Na Libertadores, o Flamengo tem chances boas de se classificar, apesar dos tropeços em casa. O clube soma três empates e uma vitória.
– Acho que estão criando clima muito pesado. Na Libertadores não perdemos ainda. Uma vitória e três empates. Temos jogo com a nossa torcida. Vai ser fundamental. Mas acho que não estamos nessa crise que todos estão falando – disse o atacante Geuvânio, que concedeu entrevista coletiva na sexta-feira, antes dos protestos mais agressivos.
O clima pesado começou há um mês, e o planejamento do futebol do clube segue à deriva. Depois da eliminação para o Botafogo, houve uma ”reformulação” com a demissão do técnico Paulo César Carpegiani e do diretor Rodrigo Caetano.
Maurício Barbieri não foi efetivado, mas segue em meio ao turbilhão do clube. O Flamengo, nos bastidores, já intensifica a busca por um treinador que agrade e se enquadre no momento do Rubro-Negro.
Sábado de paz no Ceará; Barbieri testa mudanças
O sábado em Fortaleza teve a volta da tranquilidade. Saíram os protestos para dar lugar ao assédio de torcedores em busca de autógrafos e fotos.
Principal alvo no Rio de Janeiro e na própria capital cearense, Diego viveu o outro lado da moeda e foi o mais assediado na saída e na chegada ao hotel antes e depois do treinamento.
Na atividade, Maurício Barbieri mudou a equipe e promoveu a volta de Éverton Ribeiro no lugar de William Arão. Réver saiu mais cedo da atividade para fazer gelo, mas a tendência é de que não seja problema para a partida com o Ceará.
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