O Brasil não é para amadores e uma demonstração disso é o comportamento, no mínimo intrigante, do STF. Pois bem, após a Câmara aprovar, por 337 votos a 125, com uma abstenção, o texto-base da MP que reestrutura a Esplanada dos Ministérios – a chamada MP dos Ministérios, isso com a injeção de quase R$ 2 bilhões em emendas, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou para julgamento recurso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) contra denúncia por corrupção passiva recebida em 2019 pela Corte. A análise deve ocorrer na próxima terça-feira (6), na Primeira Turma.
Segundo a denúncia apresentada em abril de 2018 pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Lira teria recebido R$ 106 mil em propina do ex-presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU), Francisco Colombo. A suposta propina tinha o objetivo de garantir apoio político para a permanência de Colombo no cargo.
No ano de 2020, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello (aposentado) formaram maioria no colegiado para rejeitar a apelação e manter Lira como réu por corrupção passiva. Posteriormente, o ministro Dias Toffoli (foto) solicitou mais tempo para analisar os documentos do processo.
Toffoli tinha até 19 de junho para devolver a vista, mas decidiu fazê-lo nesta quarta (31), em meio à queda de braço entre o presidente da Câmara e o governo Lula.
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