O presidente do Santos, José Carlos Peres, disse nesta sexta-feira que o meia-atacante Diogo Vitor admitiu o uso de drogas. O jogador foi flagrado em exame antidoping na semana passada por conta de uma substância presente na cocaína.
– Ele já assumiu. A gente vai ajudá-lo da melhor forma possível – afirmou Peres, após o anúncio do novo patrocinador do Santos.
– Ele é um patrimônio do clube, um ser humano. Não matou ninguém. Ele transgrediu uma norma. Já aceitou essa transgressão. Isso é importante. É aquilo: para você recuperar alguém, o cara tem que aceitar o erro. Ele aceitou e certamente o clube vai apoiá-lo na sua recuperação, que é médica. Não passamos a mão na cabeça. É inadmissível um atleta fazer o que ele fez, e ele sabe disso, já ouviu isso – disse o dirigente.
Há uma semana, o empresário Willian Barille disse em entrevista ao GloboEsporte.com que Diogo Vitor havia negado o uso de drogas. Procurado novamente nesta sexta, ele não respondeu aos contatos da reportagem.
O atacante de 21 anos está suspenso preventivamente, por decisão do próprio Santos. O clube recebeu o resultado inicial nesta quarta e já pediu contraprova. A ABCD (Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem) ainda não divulgou detalhes sobre o caso.
– O Diogo Vitor veio para o Santos com 12 anos de idade. Perdeu a mãe. Ele precisa muito mais de apoio do que de massacre. E o Santos entende isso e vai ajudá-lo a se recuperar. Antes de mais nada, ele precisa querer ser recuperado. Droga não é fácil. Ela entra nas famílias de classe média e alta direto. O Santos vai ajudá-lo a se recuperar disso. Mas o Santos vai continuar dizendo não à droga.
Segundo nota oficial publicada no site do Santos, o exame foi realizado pela Federação Paulista de Futebol no dia 21 de março, após jogo contra o Botafogo-SP pelas quartas de final do Paulistão. Ele entrou aos 22 minutos do segundo tempo na Vila Belmiro, no lugar de Jean Mota. A decisão de vaga foi aos pênaltis, e Diogo Vitor foi um dos batedores. O atacante acertou a cobrança.
– Ele quer se recuperar. Ele tem demonstrado que quer se recuperar. Ele precisa mais de ajuda do que de massacre. Falamos com ele, temos um departamento médico que está trabalhando, temos uma equipe que conversa com ele o tempo todo. Não vamos deixar de protegê-lo das drogas, mas não do erro – ressaltou Peres.
– Drogas, não. A gente fala para a base: não, não e não. A droga diminui a duração do atleta. Leva a uma fase pior ainda, que é a depressão – reforçou.
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