Anunciado nesta semana pelo Fluminense, o zagueiro Nathan Ribeiro foi apresentado nesta sexta-feira, no CT do clube. Aos 27 anos, o jogador chega para jogar profissionalmente pela primeira vez no futebol brasileiro após quase uma década no futebol do Catar.
Pelo tempo no país asiático, ganhou dupla nacionalidade e chegou a sonhar em disputar a Copa do Mundo de 2022, que será por lá. De volta ao Brasil, seu foco mudou. E mesmo sabendo se tratar um sonho distante, Nathan chegou sonhando em dia jogar pela seleção brasileira:
– A partir do momento que saí de lá, quebrei essas chances de jogar pela seleção de lá. Meu objetivo hoje é jogar pela seleção brasileira. Sei que é muito cedo para falar um negócio desses, não tem nem como. Mas eu sou um cara muito ambicioso e não vim aqui para brincar.
Com a carreira toda construída no Catar, Nathan afirmou ter duvidado de sua capacidade de adaptação ao futebol brasileiro após quase dez anos, mas fez questão de afirmar que não vê muita diferença entre o jogo nos dois países.
– Aqui no Brasil o pessoal tem uma visão do futebol árabe muito ruim. Com certeza lá não tem a quantidade de jogos que tem aqui. Eu tinha uma dúvida quando eu estava lá se eu me daria bem no Brasil, mas, com esses meses que estou aqui, eu já vi que não é tão diferente assim. Eu tenho condições sim.
Nathan passou pelas categorias de base de Cruzeiro e Toledo-PR e foi para o futebol árabe logo que completou 18 anos. Lá jogou quase uma década pelo Al Rayyan, onde trabalhou com Paulo Autuori. O hoje diretor de futebol do Flu foi quem o indicou. No Brasil desde meados do ano passado, o zagueiro mantinha a forma física no Londrina. Estava treinando há 15 dias no Tricolor e foi aprovado por Abel Braga para ser contratado.
Confira outras respostas de Nathan Ribeiro na entrevista coletiva:
Características
Agressividade e posicionamento eu acho que sou bom. Tecnicamente saindo para o jogo com a bola no pé, também. Acho que minhas melhores características são essas. Eu acho que eu sou um zagueiro mais técnico. Procuro ser agressivo nas horas que tenho que ser agressivo, mesclar as duas coisas, mas acho que tecnicamente eu sou melhor que o antigo zagueirão.
Surpresa com o convite
Eu trabalhei muitos anos com o Paulo, ele foi uma pessoa que me ajudou muito na minha carreira. Quando eu fui para o Catar com ele eu tinha 17 anos, então minha base praticamente foi toda com ele. Ele me convidou para vir pra cá, me surpreendeu um pouco por esse tempo fora do Brasil. Mas, se eu estiver bem tecnicamente e taticamente, eu tenho todas as condições de fazer um bom trabalho aqui.
Adaptação
Eu já estou aqui no Brasil faz um bom tempo, eu estive treinando em outros clubes e esse processo de adaptação eu já tive. Nesse momento eu estou bem preparado para os jogos e o que vier.
Estado físico
Fisicamente depende do Abel. Eu estou me dedicando nos treinamentos, estou aqui para ajudar o grupo. Não vim para brigar com ninguém. Vai depender do Abel, não vejo a hora de estrear para conquistar o carinho da torcida.
Formação com três zagueiros
Eu trabalhei com o Fossati no Catar com três zagueiros, isso me ajudou bastante. Estou ansioso para estrear logo.
Fim da fila entre os zagueiros?
Eu acho que a palavra não é estar atrás, eles têm uma historia no clube. O Gum então, tem uma história brilhante. Eu vim aqui para ajudar. Se eu tiver a oportunidade de jogar, eu quero meu espaço, é claro. Que jogador não quer jogar? No momento eles estão bem, o time está bem, você pode ver que é um time de guerreiros e quando eu tiver a minha oportunidade vou tentar ajudar da melhor forma possível.
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