A Casa da Pólvora recebe, neste sábado (16), a partir das 15h, o Festival Centro em Cena. Na programação, performances artísticas envolvendo literatura, com Rute Prazim; dança, com Dendê Ma’at e Jean de Lucena, além do teatro, com a Companhia Mangai, de Alagoa Grande, e seu espetáculo ‘Margarida Viva’.
“O Centro em Cena tem uma importância grande para nós porque estamos recuperando uma experiência que João Pessoa viveu há quase 15 anos. Estamos dando uma nova roupagem com as culturas contemporâneas, e uma prova disso é esse conjunto de apresentações que estamos levando para a Casa da Pólvora, com performances de dança e teatro contemporâneos de João Pessoa”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele afirma que, com essa experiência, a Funjope está focando e valorizando também os editais da Casa da Pólvora selecionados algum tempo atrás e agora está sendo criada uma agenda para os artistas que foram selecionados e premiados pelo edital de ocupação do equipamento.
“É um espetáculo que emociona porque fala de uma mulher pobre, negra, a primeira a lutar pelos direitos do trabalhador. Em plena ditadura militar já exercia esse protagonismo. Nós trazemos para a cena o cotidiano de uma mulher guerreira”, conta Geóstenys Melo, diretor da Companhia Mangai.
Dança – A dança terá duas performances. A primeira é ‘Do fogo ke há em mim’, da performer e dramaturgista Dendê Ma’at. Ela discorre que o fogo é um dos elementos fundamentais para a vida. É o calor que aquece, a luz que ilumina, a cura que queima, transmuta, transforma e, para sobreviver, precisa de ar, de uma coexistência harmoniosa.
“No katimbó e na makumba o fogo é primordial. É ele que, com as velas, torna-se ponto de luz e comunicação. Com a dança ‘Do fogo ke há em mim’, trago esse importante elemento enquanto caminho possível e necessário para sobreviver”, afirmou.
A segunda performance é ‘Da liberdade ao cativeiro’, de Adailson Araújo e Jean de Lucena, um experimento entre dança e música que externa os conflitos da pandemia e suas sequelas, abordando também os últimos momentos de ‘liberdade’ antes do início oficial da pandemia.
A performance contempla técnicas de danças urbanas, capoeira e dança contemporânea tendo o breaking como base. O objetivo, conforme os autores, é sensibilizar as pessoas para a importância da vacinação contra a Covid-19 e seus cuidados.
Literatura – A interpretação do espetáculo ‘A ver só’, do Coletivo Porta Adentro, foi inspirada no texto de Valeska Asfora sobre Anayde Beiriz. “São poesias, são as correspondências de Anayde com Eriberto, um ex-namorado; tem um pouco da história dela com João Dantas, mas não nos aprofundamos muito sobre isso. Basicamente vamos usar as poesias e as correspondências”, explica Rute Prazim, que atua no espetáculo junto com Bruno Constantino, Olívia Almeida, Thiago Reimberg e Wedna Tânia.
Centro em Cena – O Festival Centro em Cena, realizado pela Fundação Cultural da Prefeitura de João Pessoa (Funjope), vai movimentar a cena cultural da cidade a partir de 15 de setembro. Culturas populares, artistas locais, como Cabruêra, circo e dança estão na programação que, na abertura, terá a Companhia Municipal de Dança, a Orquestra Sinfônica Municipal e o bailarino Carlinhos de Jesus que vão acompanhar a cantora Alcione. A Junina Lageiro Seco também estará na estreia do Festival.
A programação completa pode ser acessada neste link.
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