O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sentiu o golpe e não gostou nada da proposta que visa impor limites ao poder da Corte Constitucional, a começar pelo estabelecimento de mandato para os seus membros. A iniciativa está sendo articulada via Congresso Nacional e foi revelada, ontem, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Pelas redes sociais, Gilmar Mendes acusou desconforto com a proposta e disse que “agora, ressuscitaram a ideia de mandatos para o Supremo. Pelo que se fala, a proposta se fará acompanhar do loteamento das vagas, em proveito de certos órgãos”, e acrescentou:
”É comovente ver o esforço retórico feito para justificar a empreitada: sonham com as Cortes Constitucionais da Europa (contexto parlamentarista), entretanto o mais provável é que acordem com mais uma agência reguladora desvirtuada. Talvez seja esse o objetivo.”
Mais adiante, cutucou com pergunta irônica:
“A pergunta essencial, todavia, continua a não ser formulada: após vivenciarmos uma tentativa de golpe de Estado, por que os pensamentos supostamente reformistas se dirigem apenas ao Supremo?”
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